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Esse blog tem como objetivo difundir a Música Popular Brasileira em geral, seja ela qual for: a música do Sul, a musica do Cariri, a Pajeuzeira ou mesmo outros ritmos de regiões diferenciadas. Nasci no Sertão do Pajeú, lugar onde a poesia jorra com muita facilidade e que os Poetas do Repente cospem versos com uma precisão incrível. Sempre tive esta curiosidade de fazer postagens e construir um blog. Aliás, criar um blog é simples e rápido, mas, o difícil mesmo é mantê-lo vivo e pulsante. Uma tarefa difícil e tem que ser feita com muita dedicação e precisão, sei que às vezes agradamos a uns e desagradamos a outros; também pudera, não somos perfeitos e isso acontece em todas as áreas e campos de trabalho. E para que o blog aconteça, tenho que desafiar o meu tempo e fazer propagar até aqueles que acessam e fazem aquisições de temas no gênero da música, da poesia e outros segmentos da cultura brasileira. Não tenho a experiência de um Blogueiro profissional, mas, como se diz: “Experiência só se conquista com tempo, perseverança e dedicação”. É isso aí, espero que curtam esse espaço que faço com exclusividade para vocês.


Obs.: Do lado direito do seu monitor adicionei uma rádio (Cantigas e Cantos) com a finalidade de que você leia e ao mesmo tempo ouça uma seleção musical exclusivamente feita por mim. Também inserí fotos Antigas da Capital da Poesia (S. José do Egito), fotos retiradas do Baú do Jornalista Marcos Cirano.


Texto: Gilberto Lopes

Criador do Blog.

domingo, 6 de maio de 2018

Poesia: "Velhice", um poema de Sebastião da Silva e Moacir Laurentino


Foto: Fdamiãonotícias

Velhice

Infância sol que aparece
Com raios de lindas cores
Dando esperança de vida
Coando pétalas de flores
Velhice sol que se esconde
No horizonte de dores*

Infância cheia de amores
E mirabolantes planos
Cheiro das flores da vida
No vigor dos verdes anos
Velhice árvore que morre
No verão dos desenganos**

Infância cheia de panos
Brinquedos e euforias
Ilusões fantasiadas
Vistosas alegorias
Velhice morte dos sonhos
Na forca das agonias*

Mocidade de alegria
Estudo e perseverança
Roupas espalhafatosas  
Carnaval, esporte e dança
Velhice neve do medo
Cobrindo o céu da esperança**

Mocidade vida mansa
Namoro, festa e paixão
Passeios e piqueniques
Bebidas e descontrações
Velhice brisa que leva
As cinzas da ilusão*

Mocidade sensação
Olhar vivo e sedutor
Músculos exibindo força
Saúde a todo vapor
Velhice rio que seca
Por faltar chuva de amor**

Mocidade é uma flor
Mostrando um viver composto
Cabelos esvoaçantes
Perfeitos ângulos do rosto
Velhice réstia de sombra
Na penumbra do desgosto*

Mocidade quadro posto
De formas originais
Vestes limpas, cores vivas
Lindos perfis faciais
Velhice nuvem sem rumo
Que os ventos não trazem mais**

Mocidade cor da paz
Na fantasia da classe
Depois te tanta esperança
Sempre um desengano nasce
Deixando angústia no rosto
E marcas de planto na face*

O moço não quer que passe
O bem que a vida oferece
Por ninguém o tempo espera
Logo a velhice aparece
Na marcha louca do tempo
Quem não morrer, envelhece**

Quem é moço faça prece
Tenha um velho por senhor
Lhe conforte e queira bem
Pra na velhice e na dor
Não padecer desengano
E nem sentir sede de amor*

Moço seja defensor
Dedique ao velho, amizade
Ser velho é ser virtuoso
E símbolo de autoridade
Celeiro que guarda os frutos
Da colheita da idade**

 Trate com toda amizade
Aos seus pais e seus avós
Não fale com rebeldia
Nem sequer levante a voz
Que a velhice é uma herança
Que os anos deixam pra nós*

O tempo passa veloz
Não espera por ninguém
Não pretendo morrer moço
Quero envelhecer também
Para sentir o sabor
Que o pão da velhice tem**

Moacir Laurentino* e Sebastião da Silva**

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