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Esse blog tem como objetivo difundir a Música Popular Brasileira em geral, seja ela qual for: a música do Sul, a musica do Cariri, a Pajeuzeira ou mesmo outros ritmos de regiões diferenciadas. Nasci no Sertão do Pajeú, lugar onde a poesia jorra com muita facilidade e que os Poetas do Repente cospem versos com uma precisão incrível. Sempre tive esta curiosidade de fazer postagens e construir um blog. Aliás, criar um blog é simples e rápido, mas, o difícil mesmo é mantê-lo vivo e pulsante. Uma tarefa difícil e tem que ser feita com muita dedicação e precisão, sei que às vezes agradamos a uns e desagradamos a outros; também pudera, não somos perfeitos e isso acontece em todas as áreas e campos de trabalho. E para que o blog aconteça, tenho que desafiar o meu tempo e fazer propagar até aqueles que acessam e fazem aquisições de temas no gênero da música, da poesia e outros segmentos da cultura brasileira. Não tenho a experiência de um Blogueiro profissional, mas, como se diz: “Experiência só se conquista com tempo, perseverança e dedicação”. É isso aí, espero que curtam esse espaço que faço com exclusividade para vocês.


Obs.: Do lado direito do seu monitor adicionei uma rádio (Cantigas e Cantos) com a finalidade de que você leia e ao mesmo tempo ouça uma seleção musical exclusivamente feita por mim. Também inserí fotos Antigas da Capital da Poesia (S. José do Egito), fotos retiradas do Baú do Jornalista Marcos Cirano.


Texto: Gilberto Lopes

Criador do Blog.

segunda-feira, 2 de outubro de 2017

Poesia: "O nordeste é um quadro colorido Onde o verde desbota no verão.", um poema de Gregório Filó


QUADRO COLORIDO

Quando chove o sertão se enche de cores
Vira um grande painel de plantas belas
Canafístula de flores amarelas
Misturada aos arbustos multicores
Porém neste jardim com tantas flores
Quando a seca se achega e aquece o chão
Esmaece o verdor da região
Murcha a grama no solo ressequido
O nordeste é um quadro colorido
Onde o verde desbota no verão.

Barauna apesar de resistente
No segundo semestre se escarpela
Aroeira, árvore nobre forte e bela
Com a seca se mostra decadente
Aveloz, uma planta ardosa e quente
Perde o viço por força do solão
Quixabeira da margem do grotão
Não sustentaum só ramo bem florido
O nordeste é um quadro colorido
Onde o verde desbota no verão.

Só a árvore da margem do ribeiro
Que mantém a raiz em terra fresca
Oferece uma sombra pitoresca
Para o velho e astuto comboieiro
Que coduz sua tropa o ano inteiro
Sem mostrar desespero ou aflição
Comandando com resignação
os trabalhos de um povo destemido
O nodeste é um quadro colorido
Onde o verde desbota no verão.

Quase tudo na flora sertaneja
Se desfolha no tempo da estiagem
Pocas coisas escapam na ramagem
Nesta terra de gente benfaseja
O sisal, a favela e a carqueja
Se transformam como o camaleão
Mudam as cores coforme a estação
Mas com chuva sai tudu retingido
O nordeste é um quadro colorido
Onde o verde desbota no verão.

Quando a gente viaja andando a pé
Nas veredas do sertão nordestino
Em missão de romeiro pergrino
Para ver São Francisco em canindé
Nem o sol escaldante estraga a fé
Nem as nossas promessas ficam em vão
Mas se a chuva molhar todo sertão
Deixará nosso santo envaidecido
O nordeste é um quadro colorido
Onde o verde desbota no verão.


Gregório Filomeno de Menezes

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