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Esse blog tem como objetivo difundir a Música Popular Brasileira em geral, seja ela qual for: a música do Sul, a musica do Cariri, a Pajeuzeira ou mesmo outros ritmos de regiões diferenciadas. Nasci no Sertão do Pajeú, lugar onde a poesia jorra com muita facilidade e que os Poetas do Repente cospem versos com uma precisão incrível. Sempre tive esta curiosidade de fazer postagens e construir um blog. Aliás, criar um blog é simples e rápido, mas, o difícil mesmo é mantê-lo vivo e pulsante. Uma tarefa difícil e tem que ser feita com muita dedicação e precisão, sei que às vezes agradamos a uns e desagradamos a outros; também pudera, não somos perfeitos e isso acontece em todas as áreas e campos de trabalho. E para que o blog aconteça, tenho que desafiar o meu tempo e fazer propagar até aqueles que acessam e fazem aquisições de temas no gênero da música, da poesia e outros segmentos da cultura brasileira. Não tenho a experiência de um Blogueiro profissional, mas, como se diz: “Experiência só se conquista com tempo, perseverança e dedicação”. É isso aí, espero que curtam esse espaço que faço com exclusividade para vocês.


Obs.: Do lado direito do seu monitor adicionei uma rádio (Cantigas e Cantos) com a finalidade de que você leia e ao mesmo tempo ouça uma seleção musical exclusivamente feita por mim. Também inserí fotos Antigas da Capital da Poesia (S. José do Egito), fotos retiradas do Baú do Jornalista Marcos Cirano.


Texto: Gilberto Lopes

Criador do Blog.

sexta-feira, 5 de junho de 2015

Música: Iguaraciense Maciel Melo cria xote inspirado na crise do País



 “Não adianta só boa vontade/nós temos muito ainda o que aprender/não adianta ficar de joelhos/se paga até pra se benzer”, os versos são de Boa Vontade, de Maciel Melo em parceria com Gennaro, um música em que o autor de Caboclo Sonhador, manifesta sua desilusão com os descaminhos do país. Boa vontade foi a única música que Maciel Melo lançou para o período junino, apenas em formato digital.

Há outras músicas refletindo a crise política e econômica do país, mas Boa vontade chama atenção em especial porque Maciel Melo  já foi o forrozeiro preferido do presidente Lula, e frequentou o palácio do Campo das Princesas, quando Eduardo Campos era governador: “Esta música estava pronta, mas eu não quis incluir no disco, e resolvi lançar como single, na Internet, porque o país está esculhambado demais, está tudo errado”, aponta.

“Pelo sinal vermelho dessa rua/eu vejo a sua infância adoecer/muita promessa e pouca ação de graça/muita fumaça e nada de acender”, outra estrofe do xote, que não é o primeiro com conotações política composto por Maciel. No começo da carreira, em 1989, quando tinha lançado o primeiro álbum, Desafio das léguas, ele fez Isso vale um abraço: “Para a campanha de Lula contra Collor, um jingle para a região do Vale do São Francisco. Não faço mais jingle para partido algum, porque as pessoas ligam o artista ao partido para o qual ele foi feito, liga o jingle ao candidato. Desde aquele tempo fiquei ligado ao PT, mas sem filiação partidária, nem quero me filiar a partido algum. Sempre fiquei do lado de quem achava que estava fazendo a coisa certa”, continua Maciel Melo.

“De vez em quando um surto de alegria/vem disfarçado numa dose de aguardente/a gente bebe até encher a cara/depois começa tudo novamente”, mais versos da canção de Maciel e Gennaro. Sempre que o presidente Lula vinha ao Recife convidava Maciel Melo para animar as reuniões do ex-presidente com amigos e correligionários locais. As vezes o convocava para Brasília, e Maciel pegava o violão e e atendia o convite: “Estes convites de Lula eram uma coisa à parte, atendia o o homem, não o partido. Minha desilusão vem desde aquela coisa do mensalão. O petrolão agora foi a gota d’água. Como artista também sou cidadão e tenho o direito de me expressar”, diz Maciel Melo, que termina a canção com os versos: “Mano meu cadê você?/olhe o trem não perca a hora/mãe perguntou por você/deixe o sinal, vamos embora”.


Cauê Rodigues

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