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Esse blog tem como objetivo difundir a Música Popular Brasileira em geral, seja ela qual for: a música do Sul, a musica do Cariri, a Pajeuzeira ou mesmo outros ritmos de regiões diferenciadas. Nasci no Sertão do Pajeú, lugar onde a poesia jorra com muita facilidade e que os Poetas do Repente cospem versos com uma precisão incrível. Sempre tive esta curiosidade de fazer postagens e construir um blog. Aliás, criar um blog é simples e rápido, mas, o difícil mesmo é mantê-lo vivo e pulsante. Uma tarefa difícil e tem que ser feita com muita dedicação e precisão, sei que às vezes agradamos a uns e desagradamos a outros; também pudera, não somos perfeitos e isso acontece em todas as áreas e campos de trabalho. E para que o blog aconteça, tenho que desafiar o meu tempo e fazer propagar até aqueles que acessam e fazem aquisições de temas no gênero da música, da poesia e outros segmentos da cultura brasileira. Não tenho a experiência de um Blogueiro profissional, mas, como se diz: “Experiência só se conquista com tempo, perseverança e dedicação”. É isso aí, espero que curtam esse espaço que faço com exclusividade para vocês.


Obs.: Do lado direito do seu monitor adicionei uma rádio (Cantigas e Cantos) com a finalidade de que você leia e ao mesmo tempo ouça uma seleção musical exclusivamente feita por mim. Também inserí fotos Antigas da Capital da Poesia (S. José do Egito), fotos retiradas do Baú do Jornalista Marcos Cirano.


Texto: Gilberto Lopes

Criador do Blog.

terça-feira, 21 de abril de 2020

Poesia: "Velhice", um poema de Arlindo Lopes

Foto: Francisco Vieira

VELHICE

A velhice me persegue
Sem permitir minha fuga
Quanto mais o tempo passa
Mais ela não me refuga
E faz do meu corpo encosto
Deixando no velho rosto
O traço da nova ruga

Eu quando meu rosto afago
Sinto as rugas feito sendas
Ou um paredão rochoso
Dividido pelas fendas
E cada linha traçada
Torna a face mais marcada
Do que bordados de rendas

Cada ruga em mim surgida
Multiplica o meu pavor
Deixa na face estampada
A nuvem negra da dor
E faz crescer o meu pejo
Quando no espelho me vejo
Vejo em mim meu impostor

Meu rosto em decrepitude
Delata a soma da idade
Se eu pudesse voltaria
A viver a mocidade
E na minha meninice
Eu prenderia a velhice
Na cela da eternidade

Quis me curar da velhice
Com o milagre do esporte
Busquei também na ciência
A minha volta de forte
E numa longa procura
Descobri que só se cura
A velhice com a morte

Arlindo Lopes “Pirraia”

CANTIGAS E CANTOS 

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