
Edinaldo Leite Fez esse soneto
para Job Patriota, que inventou de partir na véspera do dia da criança.
Quando
um Mestre já não canta
Há em tudo um vazio de esperança
Se à véspera de tão solene evento
Não soprasse aquela canção no vento
Dizendo que partira uma criança
Há em tudo a magia de uma dança
Escutai! Os uivos, esse lamento
São as musas, pra que no esquecimento
Não se esqueçam de quem foi só
lembrança
Há em tudo um mormaço de lirismo
E o poeta se encanta num abismo
Transmuta-se numa figura santa.
Há um dia seguinte, há um menino
Há soluços no dia onde o destino
Anuncia que um Mestre já não canta.
Edinaldo Leite
S. José do Egito -PE
Fonte: Livro "Antologia dos
Poetas Egipcienses"
- Escola Oliveira Lima -
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