sexta-feira, 21 de abril de 2017

Poesia: "Desilusão", um poema de Gregório Filó

Foto de Gregorio Filomeno Menezes.
Foto: Arquivo/Gregório Filó

DESILUSÃO

Quando o cupim da maldade
Rói as raízes do amor
Tudo em volta perde a cor
O brilho, a intensidade
As sementes da saudade
Germinam no coração
E os germes da ingratidão
Proliferam na cabeça
Não conheço quem conheça
Cura pra desilusão.

Depois que a dúvida começa
A pesar na consciência
O fim duma convivência
Pode chegar mais depressa
Não há unguento ou compressa
Que aplaque a dor da traição
Ruínas duma paixão
Não há quem de tudo esqueça
Não conheço quem conheça
Cura pra desilusão.


Gregório Filó

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