Meretriz
Cadavérica! aquela face doentia
Sobre o leito da noite enluarada
Pelos becos da rua - abandonada,
Ao relento, a pobre meretriz dormia!
Sobre o leito da noite enluarada
Pelos becos da rua - abandonada,
Ao relento, a pobre meretriz dormia!
Seu sonho, o único que lhe
enaltecia
No curto espaço da noite à alvorada
E, em meio a tudo, no frio da madrugada
Até sonhando ela também sofria.
No curto espaço da noite à alvorada
E, em meio a tudo, no frio da madrugada
Até sonhando ela também sofria.
Após a ânsia de um prazer ardente
Largada ao léu, como se não fosse gente,
Arrependida, da realidade - chora!
Largada ao léu, como se não fosse gente,
Arrependida, da realidade - chora!
Sua forma nua, envergonha a face
E esconde a dor que a cada dia nasce
Por cada ato cometido outrora.
E esconde a dor que a cada dia nasce
Por cada ato cometido outrora.
Daniel Nunes.
CANTIGAS E CANTOS
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