quarta-feira, 8 de fevereiro de 2017

Poesia: "Infância", um poema de Nenen de Santa

Foto de Valdecir Filho.

INFÂNCIA

Infância querida
De dias risonhos
Imagens e sonhos
Amores e planos
Carinhos maternos
De doces lembranças 
Um céu de esperanças
Primórdios dos anos.

Um mundo de cores
Em doces festejos
E vivos lampejos 
Que na mente jaz
Um vivo bulício 
Que na alma habita
E a data bendita
Que não volta mais.

Um menino solto
Caminhos aedos
Pequenos brinquedos
Que o tempo desfez
Esplendores vivos
Eterna lembrança 
Que aquela criança
Não volta outra vez.

As noites amenas
Cobertas de estrelas
Eu podia obtê-las
Num sonho sem fim
Me sentia seguro
Enquanto brincava
Que mamãe lá estava
Pra cuidar de mim.

As manhãs doiradas 
Do nascer do sol
De festivo arrebol
De tanta melodia
E as aves canoras
Cantando nas mata
As belas sonatas
Do início do dia.

Meu fagueiro viver
Um sorriso tão meu
Que desapareceu
Matando meus planos
E o tempo mesquinho
Me fez indecência
Tirou-me a inocência
Dos primeiros anos

Nenen de Santa. 

CANTIGAS  E CANTOS 

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