sábado, 7 de janeiro de 2017

Poesia: "Sentença". um soneto de Daniel Nunes

Foto de Daniel Nunes.

Sentença.

Sonhar… viver... não mais! Nada é sublime
A minha alma amargurada assim chorava!
 
Com a culpa que sempre me deprime,
 
E a punição que ela não a suportava.

A consciência aflita com a voz que oprime
Continha o peso do erro que agrava
A incerteza de um suposto crime,
 
Mantendo a alma eternamente escrava.

Fecharam-se as portas da felicidade, 
Aprisionado fui sem a menor piedade,
 
Na cadeia fúnebre da matéria em plasma.

E a ira muda que me fez aflito, 
Carregou meu mundo além do infinito
 
Me transformando nesse vil fantasma.


Daniel Nunes

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