quarta-feira, 11 de janeiro de 2017

Poesia: A poesia de Nenén de Santa

Foto de Valdecir Filho.

Quando me chega à calma
Depois das dores insanas
O espírito se aquieta
Das tentações mais mundanas
Viajo entre as estrelas
Longe das visões humanas

Depois de lutas tiranas
E mágoas insaciáveis
 
E de dores que trucidam
Com aspectos miseráveis
 
Descanso a alma sofrida
Em campos inabitáveis

As mágoas insaciáveis 
Me tornaram um peregrino
Toda vez que elas chegam
Da poesia eu toco o sino
E dou galopes de rimas
No cavalo do destino

Toda vez que para o hino
De sonatas celestiais
 
Eu me torno um viajor
Dito regras anormais
E voo pra outros mundos
atrás dos campos da paz

Toda vez que a dor me traz
Lágrimas e aperreios
 
Eu viajo a outras terras
Aonde na há receios
E elas me alimentam
Vertendo leite dos seios

Toda vez que os devaneios
Me levarem ao submundo
Eu trago rimas benfazejas
De um planeta fecundo
Pra ver se elas clareiam
A escuridão do mundo

Eu afasto o mau profundo
Pois liras faço surgir
E saio espalhando acordes
Pra o mundo inteiro ouvir
E pinto a vida de cores
Que não pensei existir

Nenen de Santa.

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