sexta-feira, 13 de janeiro de 2017

Poesia: "Lágrima", um soneto de Daniel Nunes


Lágrima

Há um rio desaguando em minha face
De água clara, cristalina e pura, 
Represando no riso - o desenlace 
Meus momentos cruéis de amargura.

No amargo pranto da dor que me tortura 
Padeço em ânsia, como se não bastasse! 
E a lágrima deixa no rosto uma fissura 
Onde eu demonstro cada dor que nasce.

Em cada cova do meu rosto um lago
Em cada lágrima a falta de um afago
E em Minh ‘alma a esperança morta

Nada me resta a não ser meu pranto 
Nada me alegra, com nada me encanto
Nada por nada, nada me conforta.

Daniel Nunes.

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