sexta-feira, 13 de janeiro de 2017

Poesia: "Ave delirante", um soneto de Brandão Filho














AVE DELIRANTE

É de tão longe de ti que eu padeço
Mil mágoas, mil dores e martírios,
Se a saudade me cobra em alto preço
E vejo o teu semblante nestes lírios.

Hoje com a alma sofrendo em delírios
Sei que em tudo que toco não conheço,
Nos meus olhos não passo mais colírios
Que tudo me é perdido, não mereço.

Estas dores, saudades ou carinhos
Anotarei nos versos, pergaminhos
Que escreverei quando chegares.

Não deixe o meu destino em um deserto,
E venha para mim, fique por perto
De quem escreve versos seculares.

Brandão Filho

Soneto retirado do livro: “Lira das Musas” do autor.


CANTIGAS E CANTOS

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