É de tão longe de ti que eu padeço
Mil mágoas, mil dores e martírios,
Se a saudade me cobra em alto preço
E vejo o teu semblante nestes lírios.
Hoje com a alma sofrendo em delírios
Sei que em tudo que toco não conheço,
Nos meus olhos não passo mais colírios
Que tudo me é perdido, não mereço.
Estas dores, saudades ou carinhos
Anotarei nos versos, pergaminhos
Que escreverei quando chegares.
Não deixe o meu destino em um deserto,
E venha para mim, fique por perto
De quem escreve versos seculares.
Brandão Filho
Soneto retirado do livro: “Lira das Musas” do autor.
CANTIGAS E CANTOS
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