TUA BOCA
Tua boca é para mim carmínea taça
em cujas bordas sorvo, trago a trago,
o divino hidromel com que embriago
o meu sonho de amor feito em fumaça!
Tua boca é para mim carmínea taça
em cujas bordas sorvo, trago a trago,
o divino hidromel com que embriago
o meu sonho de amor feito em fumaça!
Tua boca é um rubro cálice sem jaça
em que meus lábios, trêmulos, afago
na incontida volúpia em que divago:
– Vivamos nosso amor… que a vida passa!
em que meus lábios, trêmulos, afago
na incontida volúpia em que divago:
– Vivamos nosso amor… que a vida passa!
Tua boca é a minha síntese vital,
em que fica suspenso o meu ideal,
em que eu prendo minha alma semilouca!
em que fica suspenso o meu ideal,
em que eu prendo minha alma semilouca!
Tua boca é um sol ardente, em chama e em brasas:
sol de equador, que queima as minhas asas,
as asas de rubis da minha boca!
sol de equador, que queima as minhas asas,
as asas de rubis da minha boca!
Maria Braga Horta
Manhumirim, 31-8-1936
Jornal Besta Fubana
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