Sina
Meus olhos tristes "choronhos"
Por conta desse mistério
E eu levando ao cemitério
Um corpo cheio de sonhos.
Os pensamentos risonhos
Ficaram na mocidade
Chorava até sem vontade
Por machucar o joelho.
Hoje o meu olho é vermelho
Por só chorar de saudade.
Cresci sofrendo seu moço,
Sem entender o motivo
E o meu peito que era vivo
Morreu no fundo do poço.
Com a corda no pescoço
Os pés longe desse chão
Sem sentir o coração
Levando sangue pra veia
Eu ganhei somente areia
Por cima do meu caixão.
Fiz um "museu de lembrança"
Tudo o que tinha arquivei
Os abraços que eu ganhei
Quem me deu falsa esperança.
Palavras de confiança
Eram feias, orgulhosas
Eu oferecia rosas
E recebia os espinhos
Plantei flores de carinhos
Nas bocas mais mentirosas.
Vi tantas juras quebradas
Por quem me jurava inteiro
O amor mais verdadeiro
E as mais belas madrugadas.
E depois de saciadas
As mãos dos que saciaram
Os corpos se enfandaram
E depois de meia hora.
Vi meu sorriso indo embora
Nos lábios que me deixaram.
Nas noites claras, escuras
Vendo o clarão noutro rosto
Provei e senti o gosto
Das maiores amarguras.
Tantas vezes fiz loucuras
Que hoje eu não faço mais
E quantas vezes meus pais
Disseram pra ter cuidado.
Nem todo peito calado
Consente sonhos reais.
Ainda hoje eu padeço
Com essa minha agonia
Quem muito valeu um dia
Hoje em dia não tem preço.
Eu não sei se eu mereço
Sentir tantas frustações
Receber decepções
Da ferida beber água.
Na vida não tenho mágoa
Tenho apenas ilusões.
Carrego um peito ferido
Pra não dizer que ele é burro
Quanto mais eu levo murro
Ele se faz de esquecido.
O semblante aborrecido
E a minha vida incompleta
E minha mente profeta
Por saber que é infeliz.
Quem bem soubesse
Não queria ser poeta.
Eu nada sei do futuro
O meu passado não passa
O meu presente é sem graça
Meu porto não é seguro.
Eu vejo que o escuro
Esconde minha menina
E uma mortalha fina
Faz medo a essa matuta
Posso até ser prostituta
Por não saber minha sina.
Meus olhos tristes "choronhos"
Por conta desse mistério
E eu levando ao cemitério
Um corpo cheio de sonhos.
Os pensamentos risonhos
Ficaram na mocidade
Chorava até sem vontade
Por machucar o joelho.
Hoje o meu olho é vermelho
Por só chorar de saudade.
Cresci sofrendo seu moço,
Sem entender o motivo
E o meu peito que era vivo
Morreu no fundo do poço.
Com a corda no pescoço
Os pés longe desse chão
Sem sentir o coração
Levando sangue pra veia
Eu ganhei somente areia
Por cima do meu caixão.
Fiz um "museu de lembrança"
Tudo o que tinha arquivei
Os abraços que eu ganhei
Quem me deu falsa esperança.
Palavras de confiança
Eram feias, orgulhosas
Eu oferecia rosas
E recebia os espinhos
Plantei flores de carinhos
Nas bocas mais mentirosas.
Vi tantas juras quebradas
Por quem me jurava inteiro
O amor mais verdadeiro
E as mais belas madrugadas.
E depois de saciadas
As mãos dos que saciaram
Os corpos se enfandaram
E depois de meia hora.
Vi meu sorriso indo embora
Nos lábios que me deixaram.
Nas noites claras, escuras
Vendo o clarão noutro rosto
Provei e senti o gosto
Das maiores amarguras.
Tantas vezes fiz loucuras
Que hoje eu não faço mais
E quantas vezes meus pais
Disseram pra ter cuidado.
Nem todo peito calado
Consente sonhos reais.
Ainda hoje eu padeço
Com essa minha agonia
Quem muito valeu um dia
Hoje em dia não tem preço.
Eu não sei se eu mereço
Sentir tantas frustações
Receber decepções
Da ferida beber água.
Na vida não tenho mágoa
Tenho apenas ilusões.
Carrego um peito ferido
Pra não dizer que ele é burro
Quanto mais eu levo murro
Ele se faz de esquecido.
O semblante aborrecido
E a minha vida incompleta
E minha mente profeta
Por saber que é infeliz.
Quem bem soubesse
Não queria ser poeta.
Eu nada sei do futuro
O meu passado não passa
O meu presente é sem graça
Meu porto não é seguro.
Eu vejo que o escuro
Esconde minha menina
E uma mortalha fina
Faz medo a essa matuta
Posso até ser prostituta
Por não saber minha sina.
Dayane Rocha
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