"Seca para quem?"
Um país onde cada Comissão
(De Direitos Humanos, de Justiça...)
É corrupta, inerte e omissa,
Quem preside é racista ou é ladrão;
Um país que não olha pra o sertão,
A não ser que precise dele um dia;
Que é covarde e só faz demagogia,
Como pode mudar o seu destino
Se só mente a esse povo nordestino
E ignora o que é cidadania?
A indústria da seca é lucrativa
Gera renda aos que investem nela,
Reduzindo o sertão à bagatela
De uma terra sem vida, improdutiva,
Onde só o governo é quem cultiva
As sementes da alienação
Pra colher os seus frutos na eleição,
Iludindo e enganando o inocente
E depois humilhar toda essa gente
Esquecendo essa gente e o sertão!
Sertanejo também tem sede e fome
Não somente de água, leite ou pão
Tem a fome de ser um cidadão
De não ser indigente, ter um nome
É sedento da força que não some
Numa luta de um povo que não cansa,
Sertanejo tem fé, perseverança
Pra enfrentar um governo surdo e mudo
Ante um povo que tem fome de tudo,
Mas que só se alimenta de esperança!
Simone Passos

Poesia enviada pela poetisa/autora via Facebook
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