Mendigos
Assim cabisbaixo curvado, ao relento
Recluso no canto de uma calçada
De fé em farrapos, tristonho me sento
Sem promessa alguma, sem esperar nada.
Recluso no canto de uma calçada
De fé em farrapos, tristonho me sento
Sem promessa alguma, sem esperar nada.
Se nada me oferta quem vê atento,
Quem sequer me vê, segue sua estrada
Se me faltam forças, levantar eu tento
Mas ninguém me enxerga de mão estirada.
Quem sequer me vê, segue sua estrada
Se me faltam forças, levantar eu tento
Mas ninguém me enxerga de mão estirada.
E assim também vive, um mendigo da via
Que em comum comigo, tem a agonia
De viver a vida, debruçado à sorte.
Que em comum comigo, tem a agonia
De viver a vida, debruçado à sorte.
Cada um com sua dor indecifrada
De nascer sem muito, de morrer sem nada
Ter por risco a vida e ter por certo a morte.
De nascer sem muito, de morrer sem nada
Ter por risco a vida e ter por certo a morte.
Lima Júnior
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