Itapetim: Jornal Hoje > Mulheres se unem para preservar e reflorestar a caatinga em Pernambuco

Elas sabem que preservar a vegetação da terra seca é fundamental para melhorar a qualidade de vida de todos os sertanejos.

Em Pernambuco, um grupo de mulheres sertanejas se uniu para preservar e reflorestar a caatinga. 

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Sertanejas, mães, agricultoras... Elas são as mais novas defensoras da caatinga. Fazem parte de uma força-tarefa só de mulheres. “São as mulheres que cuidam da caatinga, são as mulheres que cuidam da lenha, são as mulheres que não desmatam e são as mulheres que são as guardiãs das sementes nativas do sertão”, diz Célia Souza, coordenadora pedagógica do projeto Mulheres na Caatinga.

Elas sabem que preservar a vegetação da terra seca é fundamental para melhorar a qualidade de vida de todos os sertanejos.

Você sabe qual é o assunto preferido quando um grupo de mulheres se reúne? Quando se trata das sertanejas, a conversa corre solta sobre experiências e aquelas dicas da sabedoria popular que passam de mãe para filha. E o melhor é que elas resolveram colocar em prática os ensinamentos que suas avós já empregavam.

A professora Maria de Lourdes, de 67 anos ensina que a caatinga tem uma farmácia natural. As mais novas aprendem com as mais velhas.

Mais de mil mulheres, em 12 municípios, também aprenderam a fazer bancos de sementes para salvar as espécies nativas ameaçadas de extinção. Juntas, elas criaram um fogão agroecológico, que consome pouquíssima lenha. Bastam alguns gravetos para cozinhar.

A abertura do fogão agroecológico é mais estreita e mais profunda que a abertura dos fogões antigos. Assim, entra menos vento, a lenha queima mais devagar e o calor é conservado por mais tempo.

Quem constrói o fogão tem o compromisso de reflorestar a caatinga. E isso a Maria das Dores faz com muita vontade: já produziu mais de três mil mudas. Agora, ela espera a chuva para plantar.

G1