Quando alegre a passarada
Se desmancha em cantoria,
Anunciando ao sertão
A sua ressurreição
No despontar de outro dia!
Os magote de graúna
Quando o seu canto desata,
Parece uns vigário véio
Cantando o santo evangéio
Na igreja verde da mata!
Quando o sol vai descambando,
Se despedindo da terra,
Beijando a crista da serra,
Deixando o céu tão bonito,
Que o sol redondo e vermêio
Parece, mal comparando,
Um grande chapéu de couro
Na cabeça do infinito!
Só há uma maneira de entender a quebra da linha tênue da modernidade e do caboclo, que assentado num tamborete, olha o céu que espalha além da colina, morrendo o dia..., surgindo a noite.... Estrelas convidam ao pensar. Num braseiro que esquenta o forno, o cheiro do café desponta. Aroma na sala, alarga as narinas... Remexendo no banco, levanta o caboclo, puxa no peito o escarro da nicotina "pitada", lança-o no terreiro o mais longe, como se menino ainda fosse. Mas, não., não! Os calos compõe as mãos em novas formações rudes. As faces marcadas pela destemperança que sulcam em linhas profundas. O suor é entranhado na cerne, a ditar o ser no bravio torrão de barro, sangue e lágrima. Então, rememora um poema, um antigo poema, onde em carne e osso, algures, desponta o Sertão: SERTÃO EM CARNE E OSSO
ResponderExcluir