Limite de esteio entre o céu e a nossa terra;
Confidente dos mistérios da serra
Como oratório suspenso em seus altares.
Tem o brilho e a suavidade dos luares,
Preconizando a essência do sertão,
Que te ergueu com matéria do seu chão
Interiorizando um marco imponente,
Com interior que pulsa, canta e sente
A vigor da mítica tradição.
Debruçam-se em mural anoitecido.
Enquanto tu, nesse sonho envolvido,
Protagoniza em seu manto azulado.
Vento, esse mensageiro disparado,
Toca sonoramente na palmeira,
Perde a pressa, aclimata a sala inteira,
Abre o rito em nobre celebração...
Essas coisas, se ver no Casarão
Como luzes acendidas na poeira.
Fotografia: Flávio Petrônio
Casarão do Jabre – Matureia-PB, noite de 4 de outubro de 2015
Nenhum comentário:
Postar um comentário