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Esse blog tem como objetivo difundir a Música Popular Brasileira em geral, seja ela qual for: a música do Sul, a musica do Cariri, a Pajeuzeira ou mesmo outros ritmos de regiões diferenciadas. Nasci no Sertão do Pajeú, lugar onde a poesia jorra com muita facilidade e que os Poetas do Repente cospem versos com uma precisão incrível. Sempre tive esta curiosidade de fazer postagens e construir um blog. Aliás, criar um blog é simples e rápido, mas, o difícil mesmo é mantê-lo vivo e pulsante. Uma tarefa difícil e tem que ser feita com muita dedicação e precisão, sei que às vezes agradamos a uns e desagradamos a outros; também pudera, não somos perfeitos e isso acontece em todas as áreas e campos de trabalho. E para que o blog aconteça, tenho que desafiar o meu tempo e fazer propagar até aqueles que acessam e fazem aquisições de temas no gênero da música, da poesia e outros segmentos da cultura brasileira. Não tenho a experiência de um Blogueiro profissional, mas, como se diz: “Experiência só se conquista com tempo, perseverança e dedicação”. É isso aí, espero que curtam esse espaço que faço com exclusividade para vocês.


Obs.: Do lado direito do seu monitor adicionei uma rádio (Cantigas e Cantos) com a finalidade de que você leia e ao mesmo tempo ouça uma seleção musical exclusivamente feita por mim. Também inserí fotos Antigas da Capital da Poesia (S. José do Egito), fotos retiradas do Baú do Jornalista Marcos Cirano.


Texto: Gilberto Lopes

Criador do Blog.

terça-feira, 13 de outubro de 2015

DISCO: Roberta Sá em Delírio: paixões em ritmo de samba

Sexto disco da cantora embala autores de várias gerações


Roberta Sá, samba com paixão / foto: divulgação

Roberta Sá, samba com paixão

foto: divulgação


 Delírio, sexto álbum de Roberta Sá (Som Livre) é um disco sobre paixão, sentimento que, diz a cantora, mora nos tempos acelerados: "Quis expressar paixão, buscando a calma, interiorizando o que sinto. Eu vinha em um ritmo muito acelerado, decidi desacelerar", declara a cantora. Uma das vozes mais elogiadas e requisitadas da música brasileira, com trânsito livre por diversas gerações e estilos, ela exerce este ecumenismo geracional em Delírio, gravando do centenário Ataulfo Alves ao quase adolescente Tom Veloso, trazendo o pop para o samba, o samba para o pop:

"Gravo o que quero cantar, compositores e músicas com os quais me identifico, independente de época. A grande graça é mostrar pra o público que música é atemporal", explica Roberta Sá, em entrevista por telefone. A troca de guarda na MPB aconteceu já há algum tempo, e Ney Matogrosso anunciou, no álbum Atentos aos Sinais, uma geração que entrou em cena nos anos 2000, e virou fornecedora de composições de qualidade. Rafael Rocha (do grupo Tono) é um destes, e está no repertório de Delírio exatamente com a faixa que dá nome ao disco. São 12 canções, oito delas inéditas, nem todas recentes.



Se For pra Mentir, parceria de Arnaldo Antunes com o violonista Cézar Mendes, é de oito anos atrás. Antunes chegou a gravá-­la para lançar em disco, mas arquivou. A música acabou num CD de Luciana Mello, e perigava cair na obscuridade. Mendes mostrou o samba a Roberta, que viu nele semelhanças com o estilo de Chico Buarque: "É muito parecida com as coisas de Chico, que convidei para gravar comigo. Ele é o grande compositor que todos sabem, mas é um intérprete muito especial. Um cantor brilhante, de uma força que torna sua qualquer música que canta", elogia. Só se For pra Mentir encaixa-­se perfeitamente no roteiro sentimental do álbum, cujo conceito é um ajuste de contas amoroso: "Pra mim não existe consolo/pra mim não existe conselho/e nem o conforto do sono/pra me entorpecer", versos que têm a ver com Covardia, que Ataulfo Alves fez com Mario Lago para Nuno Roland, 78 anos atrás: "Eu quero que nunca mais me apareças/eu quero até que me esqueças/que já esqueci a tua voz/deixa­me só por piedade/feliz na minha saudade":


"É uma música pouco conhecida, mas é bom cantar músicas assim, ou que estão em nossas memórias afetivas. Esta me chamou atenção num disco com composições de Mário Lago, uma homenagem a ele", diz Roberta Sá, que canta nesta faixa com o português Antonio Zambujo. Os dois gravaram em Lisboa, com a guitarra portuguesa de Bernardo Couto revestindo a canção em um clima de fado. 

José Teles
JConline

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