Para os mais distantes, tive a sorte de nascer no sertão. Alto sertão do Pajeú. Pernambuco. Tuparetama. Fui alfabetizada para as letras e para o mundo nas escolas públicas do meu município, de onde guardo os mais valorosos ensinamentos e as mais doces lembranças.
Tuparetama é antes de ser um lugar, um sentimento. Ser de Tuparetama é guardar os extremos da grandiosidade humana, presente nos gestos de hospitalidade e solidariedade do meu povo, e da pequenez típica dos cotidianos das províncias que se desenvolveram ao redor de uma igreja.
Na minha terra as janelas ficam abertas e as portas escancaradas. Existe um sentimento além das opiniões que separam ideologias e homens, que une concidadãos na peculiaridade inerente a todos, ser tuparetamense.
Somos de uma hospitalidade imensa e uma cultura de paz e de cidadania sem fim. Escrevemos a nossa história na simplicidade de uma simples cidade, que se estende aos vôos dos filhos que voaram longe, mas não deixaram de ficar perto, de ficar dentro.
Hoje, onze de abril, é mais uma data daquelas que nos une muito mais do que nos separa. Tuparetama acorda um só partido, uma só cor, uma só história. Temos 53 anos de cultura, luta, desenvolvimento e amor por uma terra que cresce dentro da gente.
Nosso maior patrimônio são os tuparetamenses. Aguerridos as grandes lutas, de múltiplos talentos e uma grandeza de alma sem fim. É esse patrimônio que precisa ser valorizado em todas as suas dimensões, porque uma terra, é antes de tudo, o seu povo, o povo que a faz.
Que a consciência da responsabilidade com a história e o desenvolvimento de nossa terra, seja presente em todos nós, que o amor pelo próximo consiga sempre nos tornar cada dia mais irmãos, porque o que nos une é muito maior e mais forte do que o que nos separa.
Fonte: Facebook de Mariana Teles / Pajeú da gente
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