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Esse blog tem como objetivo difundir a Música Popular Brasileira em geral, seja ela qual for: a música do Sul, a musica do Cariri, a Pajeuzeira ou mesmo outros ritmos de regiões diferenciadas. Nasci no Sertão do Pajeú, lugar onde a poesia jorra com muita facilidade e que os Poetas do Repente cospem versos com uma precisão incrível. Sempre tive esta curiosidade de fazer postagens e construir um blog. Aliás, criar um blog é simples e rápido, mas, o difícil mesmo é mantê-lo vivo e pulsante. Uma tarefa difícil e tem que ser feita com muita dedicação e precisão, sei que às vezes agradamos a uns e desagradamos a outros; também pudera, não somos perfeitos e isso acontece em todas as áreas e campos de trabalho. E para que o blog aconteça, tenho que desafiar o meu tempo e fazer propagar até aqueles que acessam e fazem aquisições de temas no gênero da música, da poesia e outros segmentos da cultura brasileira. Não tenho a experiência de um Blogueiro profissional, mas, como se diz: “Experiência só se conquista com tempo, perseverança e dedicação”. É isso aí, espero que curtam esse espaço que faço com exclusividade para vocês.


Obs.: Do lado direito do seu monitor adicionei uma rádio (Cantigas e Cantos) com a finalidade de que você leia e ao mesmo tempo ouça uma seleção musical exclusivamente feita por mim. Também inserí fotos Antigas da Capital da Poesia (S. José do Egito), fotos retiradas do Baú do Jornalista Marcos Cirano.


Texto: Gilberto Lopes

Criador do Blog.

sábado, 11 de abril de 2015

Poesia: "O trem da minha infância", um poema de Alamir Longo

TREM

Lembro bem quando criança
O trem chegando na estação
Vinha apitando na curva
Que dava num pontilhão
Quando entrava na cidade
De tanta felicidade
Pulava meu coração.
Uma maria-fumaça
Puxava a composição
Ia cortando a paisagem
Largando brasa no chão
Nos lugares que passava
O povo cumprimentava
O pessoal de cada vagão.
A fumaça ia subindo
Até se perder de vista
Enquanto o trem galopava
La na fornalha o foguista
Queimava lenha e carvão
Pra nunca deixar na mão
O pobre do maquinista.
Era viagem demorada
Mas cheia de diversão
Um ia floreando gaita
Outro tocando violão
Quem cochilava no banco
Dormia no solavanco
Até chegar outra estação.
A paisagem majestosa
Se perdia no horizonte
Por entre o verde das matas
Subindo e descendo monte
Só aumentava a barulheira
Quando cruzava em pedreira
Ou passava em cima de ponte.
Mas do trem da minha infância
Sobrou só a velha estação
Completamente esquecida
Rodeada de solidão
Parece um vulto assombrado
Um fantasma do passado
Perdido na povoação.
O tempo passou depressa
E eu deixei de ser criança
Porém na imaginação
O trem ainda balança
Hoje com bem mais idade
Restou só o trem da saudade
Viajando na minha lembrança…
 Alamir Longo - Quaraí - RS
Jornal Besta Fubana

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