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Esse blog tem como objetivo difundir a Música Popular Brasileira em geral, seja ela qual for: a música do Sul, a musica do Cariri, a Pajeuzeira ou mesmo outros ritmos de regiões diferenciadas. Nasci no Sertão do Pajeú, lugar onde a poesia jorra com muita facilidade e que os Poetas do Repente cospem versos com uma precisão incrível. Sempre tive esta curiosidade de fazer postagens e construir um blog. Aliás, criar um blog é simples e rápido, mas, o difícil mesmo é mantê-lo vivo e pulsante. Uma tarefa difícil e tem que ser feita com muita dedicação e precisão, sei que às vezes agradamos a uns e desagradamos a outros; também pudera, não somos perfeitos e isso acontece em todas as áreas e campos de trabalho. E para que o blog aconteça, tenho que desafiar o meu tempo e fazer propagar até aqueles que acessam e fazem aquisições de temas no gênero da música, da poesia e outros segmentos da cultura brasileira. Não tenho a experiência de um Blogueiro profissional, mas, como se diz: “Experiência só se conquista com tempo, perseverança e dedicação”. É isso aí, espero que curtam esse espaço que faço com exclusividade para vocês.


Obs.: Do lado direito do seu monitor adicionei uma rádio (Cantigas e Cantos) com a finalidade de que você leia e ao mesmo tempo ouça uma seleção musical exclusivamente feita por mim. Também inserí fotos Antigas da Capital da Poesia (S. José do Egito), fotos retiradas do Baú do Jornalista Marcos Cirano.


Texto: Gilberto Lopes

Criador do Blog.

quarta-feira, 1 de abril de 2015

Poesia: O Sertão se enfeita e se perfuma Quando o pranto da nuvem se derrama", um mote glosado por Antônio Carneiro


'O SERTÃO SE ENFEITA E SE PERFUMA
QUANDO O PRANTO DA NUVEM SE DERRAMA'

Vejo um nêgo Tiziu pular num toco
E a galinha de pinto se aninhando
Quando a bruma começa derramando
E os pingos na seca dando o troco.
Um trovão se rebela num pipoco
E o torrão de outrora vira lama
Essa lama com rama vira cama
Pra o sapo "cantar" só basta uma
O Sertão se enfeita e se perfuma
Quando o pranto da nuvem se derrama.

A fartura na fome da sufoco
Quando o Pai da bondade manda chuva
E um comboio bonito de saúva
Dar km na busca de um toco.
O Nhambu se peneira e vai ao choco
Na barroca coberta pela rama
E a ramagem viçosa se enrama
Numa serra verdosa quando "fuma"
O Sertão se enfeita e se perfuma
Quando o pranto da nuvem se derrama.

Quando a noite começa se nublando
O "relampo" no céu desenha um jota
De manhã corre água numa grota
E o barreiro Afogado está sangrando.
Paturi faz a festa se lavando
Fica a água amarela como brama
É a caatinga mudando seu pijama
E a Perdiz camuflada em sua pluma
O Sertão se enfeita e se perfuma
Quando o pranto da nuvem se derrama.

Numa roça de milho bonecado
Vejo os versos de João Paraibano
Na mudança de clima todo ano
Em Diniz vejo um grande aliado.
No roceiro que planta seu roçado
No Sertão que ele preza e tanto ama
No suor que da testa se derrama
Na ninhada de ovo da inhuma
O Sertão se enfeita e se perfuma
Quando o pranto da nuvem se derrama.

 Poeta Antônio Carneiro
Antônio Carneiro

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