E era um espírito fême
De mansidão esquisito.
Qual farinha de aipim
E nascia e desnascia
A quatro dedo de mim.
O seu corpo era um roçado
Seu rosto um lerão viçoso
Adubadinho e manhoso
E eu era todo um arado!
E agricultava bonito
Me molecava nos braços
Que’u batia no infinito.
Que nem um papel carbono
De abano bem lavrado
Esse roçado espritado
Já era um poema escrito
Cujo verso mais bonito
Já tava todo orvalhado
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