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Esse blog tem como objetivo difundir a Música Popular Brasileira em geral, seja ela qual for: a música do Sul, a musica do Cariri, a Pajeuzeira ou mesmo outros ritmos de regiões diferenciadas. Nasci no Sertão do Pajeú, lugar onde a poesia jorra com muita facilidade e que os Poetas do Repente cospem versos com uma precisão incrível. Sempre tive esta curiosidade de fazer postagens e construir um blog. Aliás, criar um blog é simples e rápido, mas, o difícil mesmo é mantê-lo vivo e pulsante. Uma tarefa difícil e tem que ser feita com muita dedicação e precisão, sei que às vezes agradamos a uns e desagradamos a outros; também pudera, não somos perfeitos e isso acontece em todas as áreas e campos de trabalho. E para que o blog aconteça, tenho que desafiar o meu tempo e fazer propagar até aqueles que acessam e fazem aquisições de temas no gênero da música, da poesia e outros segmentos da cultura brasileira. Não tenho a experiência de um Blogueiro profissional, mas, como se diz: “Experiência só se conquista com tempo, perseverança e dedicação”. É isso aí, espero que curtam esse espaço que faço com exclusividade para vocês.


Obs.: Do lado direito do seu monitor adicionei uma rádio (Cantigas e Cantos) com a finalidade de que você leia e ao mesmo tempo ouça uma seleção musical exclusivamente feita por mim. Também inserí fotos Antigas da Capital da Poesia (S. José do Egito), fotos retiradas do Baú do Jornalista Marcos Cirano.


Texto: Gilberto Lopes

Criador do Blog.

sábado, 4 de abril de 2015

PEÇA: Peça com Marieta Severo é uma tragédia contemporânea

Espetáculo está em cartaz no Recife até domingo (5), no Teatro de Santa Isabel


Atriz é a protagonista da peça dirigida por Aderbal Freire-Filho / Edmar Melo/JC Imagem

Atriz é a protagonista da peça dirigida por Aderbal Freire-Filho

Edmar Melo/JC Imagem


Nawal, personagem vivida pela atriz Marieta Severo na peça Incêndios, pode estar em qualquer lugar entre nós. Pode ser qualquer um dos que tentam subverter hierarquias, regras e preconceitos. Está nos tantos silêncios impostos por uma sociedade machista, violenta e corrupta. Está no sonho de romper com aquilo imposto e recriar sua própria história, mesmo que o passado/presente lhe pregue surpresas impensáveis.

O espetáculo, em cartaz até amanhã no Teatro de Santa Isabel, é um texto engenhoso escrito pelo libanês Wajdi Mouawad, que bebe da fonte da tragédia grega para reconstruir a seu modo e liberdade um conflito familiar entrecruzado pela guerra civil. Um conflito de tirar o fôlego, de levar personagens e plateia a um trajeto que flashbacks e jogos dramatúrgicos – bem escritos – até solucionar o enigma criado desde o início da história. 
Nawal, morta, “ressuscita” através de um testamento para colocar seus filhos gêmeos num labirinto, sem volta, que os leva às suas origens: um irmão e um pai desconhecidos e perdidos num passado de dor e tortura. Uma narrativa vertiginosa, com elementos inspirados no trágico Édipo Rei, ressignificados pela contemporaneidade. 

Edmar Melo/JC Imagem

Com uma interpretação elegante e sem se entregar ao melodramático, Marieta faz sua personagem com um propriedade singular, transitando por vários tempos da vida de Nawal. A atriz divide a cena com um elenco afinado, cujos atores se revezam em vários papéis com aptidão. Os jovens Felipe de Carolis e Keli Freitas, embora com poucos momentos de deslizes de emoção, contracenam com Marieta em extrema verdade de interpretação. 
Há também uma teatralidade figurando na história de Incêndios, posta por Wajdi Mouawad de maneira sutil e inteligentemente sublinhada pela encenação de Aderbal Freire-Filho. O diretor recria, com precisão e sem comprometimento com ilusionismo, três tempos da narrativa que converge para uma só história. Sua encenação, repleta de simbologia, entrelaça a jovem Nawal e sua luta de sobrevivência à fantasmagórica senhora que volta ao presente para conduzir a saga dos filhos, e a procura dos jovens por suas histórias.

Mateus Aarújo

JConline

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