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Esse blog tem como objetivo difundir a Música Popular Brasileira em geral, seja ela qual for: a música do Sul, a musica do Cariri, a Pajeuzeira ou mesmo outros ritmos de regiões diferenciadas. Nasci no Sertão do Pajeú, lugar onde a poesia jorra com muita facilidade e que os Poetas do Repente cospem versos com uma precisão incrível. Sempre tive esta curiosidade de fazer postagens e construir um blog. Aliás, criar um blog é simples e rápido, mas, o difícil mesmo é mantê-lo vivo e pulsante. Uma tarefa difícil e tem que ser feita com muita dedicação e precisão, sei que às vezes agradamos a uns e desagradamos a outros; também pudera, não somos perfeitos e isso acontece em todas as áreas e campos de trabalho. E para que o blog aconteça, tenho que desafiar o meu tempo e fazer propagar até aqueles que acessam e fazem aquisições de temas no gênero da música, da poesia e outros segmentos da cultura brasileira. Não tenho a experiência de um Blogueiro profissional, mas, como se diz: “Experiência só se conquista com tempo, perseverança e dedicação”. É isso aí, espero que curtam esse espaço que faço com exclusividade para vocês.


Obs.: Do lado direito do seu monitor adicionei uma rádio (Cantigas e Cantos) com a finalidade de que você leia e ao mesmo tempo ouça uma seleção musical exclusivamente feita por mim. Também inserí fotos Antigas da Capital da Poesia (S. José do Egito), fotos retiradas do Baú do Jornalista Marcos Cirano.


Texto: Gilberto Lopes

Criador do Blog.

terça-feira, 24 de março de 2015

Poesia: "Se eu pudesse comprava a mocidade, nem que fosse pagando a prestação", um mote glosado por Sebastião da Silva


Se eu pudesse comprava a mocidade
Nem que fosse pagando a prestação


Minha aurora depressa se escondeu
Meu crepúsculo foi rápido e logo veio
Quem foi belo e risonho, ficou feio
Quem foi novo depressa envelheceu
Quem vivia alegre entristeceu
Quem foi jovem tornou-se um ancião
E este fardo de angústia e solidão
É o jeito levar contra a vontade
Se eu pudesse comprava a mocidade
Nem que fosse pagando a prestação

Para que minha infância inda voltasse
Qualquer preço do mundo eu pagaria
Pra viver tão feliz como vivia
Mais alegre que a flor depois que nasce
Sem ter rugas nenhuma em minha face
Sem sentir embaraço na visão
Sem nenhum descontrole na pressão
E sem sentir as angústias da saudade
Se eu pudesse comprava a mocidade
Nem que fosse pagando a prestação

Não consigo aceitar essa mudança
Sem ver mais o que via antigamente
Um tapete de flores pela frente
Margeando um oásis de esperança
Meus castelos dos sonhos de criança
Eu tentei segurar, mas foi em vão
E este fardo de dor e ilusão
É o jeito levar contra a vontade
Se eu pudesse comprava a mocidade
Nem que fosse pagando a prestação

Pra alguns eu estou muito atrasado
Nenhum jovem me quer por companhia
Pra amor eu não tenho simpatia
Pra meus filhos sou velho e enjoado
Pra meus netos estou ultrapassado
E para os sobrinhos estou fora de padrão
Pra crianças sou uma assombração
Pra namoro não tenho mais idade
Se eu pudesse comprava a mocidade
Nem que fosse pagando a prestação


Sebastião da Silva
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CANTIGAS E CANTOS

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