
Nunca sejamos perdidos
Melhor que sejamos crus
Porém nunca desvalidos
Tenhamos nossa própria luz
E não sejamos ofendidos
À sombra do que vivemos?
O que, às escondidas, se tece
O que acontece e não vemos?
Que tanta riqueza ostenta
De que forma é que se orienta
E aonde nos conduz?
Mendigo entrevado, qual Papangus
Ao mesmo tempo excedente
E carente de luz?
Que se nos oferta em migalhas
Reino do ouro e do aço
Dos quais nos restam limalhas
E, da bonança indivisível
Intransponíveis muralhas
E como seria de fato
E de direito
O reino que desconhecemos?
Que se esvoaçam como que de graça
Que encharcam nossas cabeças
Invadindo nossas casas?
Saberemos voar e seremos livres
Quando tivermos, de fato, liberdade e asas?

Editado em Dezembro de 2013
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