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Esse blog tem como objetivo difundir a Música Popular Brasileira em geral, seja ela qual for: a música do Sul, a musica do Cariri, a Pajeuzeira ou mesmo outros ritmos de regiões diferenciadas. Nasci no Sertão do Pajeú, lugar onde a poesia jorra com muita facilidade e que os Poetas do Repente cospem versos com uma precisão incrível. Sempre tive esta curiosidade de fazer postagens e construir um blog. Aliás, criar um blog é simples e rápido, mas, o difícil mesmo é mantê-lo vivo e pulsante. Uma tarefa difícil e tem que ser feita com muita dedicação e precisão, sei que às vezes agradamos a uns e desagradamos a outros; também pudera, não somos perfeitos e isso acontece em todas as áreas e campos de trabalho. E para que o blog aconteça, tenho que desafiar o meu tempo e fazer propagar até aqueles que acessam e fazem aquisições de temas no gênero da música, da poesia e outros segmentos da cultura brasileira. Não tenho a experiência de um Blogueiro profissional, mas, como se diz: “Experiência só se conquista com tempo, perseverança e dedicação”. É isso aí, espero que curtam esse espaço que faço com exclusividade para vocês.


Obs.: Do lado direito do seu monitor adicionei uma rádio (Cantigas e Cantos) com a finalidade de que você leia e ao mesmo tempo ouça uma seleção musical exclusivamente feita por mim. Também inserí fotos Antigas da Capital da Poesia (S. José do Egito), fotos retiradas do Baú do Jornalista Marcos Cirano.


Texto: Gilberto Lopes

Criador do Blog.

domingo, 29 de março de 2015

Poesia: "Reino das trevas", por Virgílio Siqueira


Reino das trevas

Mesmo que estejamos nus
Nunca sejamos perdidos
Melhor que sejamos crus
Porém nunca desvalidos
Tenhamos nossa própria luz
E não sejamos ofendidos

O que será que acontece
À sombra do que vivemos?
O que, às escondidas, se tece
O que acontece e não vemos?

Que reino é este
Que tanta riqueza ostenta
De que forma é que se orienta
E aonde nos conduz?

E por que se nos apresenta
Mendigo entrevado, qual Papangus
Ao mesmo tempo excedente
E carente de luz?

Eis o reino da fartura
Que se nos oferta em migalhas
Reino do ouro e do aço
Dos quais nos restam limalhas
E, da bonança indivisível
Intransponíveis muralhas

Que reino é este em que vivemos
E como seria de fato
E de direito
O reino que desconhecemos?

Que ilusões são essas
Que se esvoaçam como que de graça
Que encharcam nossas cabeças
Invadindo nossas casas?

Sob o efeito desse ópio
Saberemos voar e seremos livres
Quando tivermos, de fato, liberdade e asas?

Virgílio Siqueira
Virgilio Siqueira


Do livro VAGA-LUMEAR - Página 175
Editado em Dezembro de 2013

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