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Esse blog tem como objetivo difundir a Música Popular Brasileira em geral, seja ela qual for: a música do Sul, a musica do Cariri, a Pajeuzeira ou mesmo outros ritmos de regiões diferenciadas. Nasci no Sertão do Pajeú, lugar onde a poesia jorra com muita facilidade e que os Poetas do Repente cospem versos com uma precisão incrível. Sempre tive esta curiosidade de fazer postagens e construir um blog. Aliás, criar um blog é simples e rápido, mas, o difícil mesmo é mantê-lo vivo e pulsante. Uma tarefa difícil e tem que ser feita com muita dedicação e precisão, sei que às vezes agradamos a uns e desagradamos a outros; também pudera, não somos perfeitos e isso acontece em todas as áreas e campos de trabalho. E para que o blog aconteça, tenho que desafiar o meu tempo e fazer propagar até aqueles que acessam e fazem aquisições de temas no gênero da música, da poesia e outros segmentos da cultura brasileira. Não tenho a experiência de um Blogueiro profissional, mas, como se diz: “Experiência só se conquista com tempo, perseverança e dedicação”. É isso aí, espero que curtam esse espaço que faço com exclusividade para vocês.


Obs.: Do lado direito do seu monitor adicionei uma rádio (Cantigas e Cantos) com a finalidade de que você leia e ao mesmo tempo ouça uma seleção musical exclusivamente feita por mim. Também inserí fotos Antigas da Capital da Poesia (S. José do Egito), fotos retiradas do Baú do Jornalista Marcos Cirano.


Texto: Gilberto Lopes

Criador do Blog.

domingo, 29 de março de 2015

Poesia: "Eu, diante do espelho", um poema de Carlos Aires










EU, DIANTE DO ESPELHO

Espelho bondoso…
Sincero e amigo:
Bem sabe o que o tempo
Tem feito comigo.
A mais de seis décadas
Em frente prossigo
E tu sempre alerta
Só vive a mostrar.

As metamorfoses,
Ricas de detalhes
Com a fase que avança
Está sempre atento
A cada mudança
E quando acontece
Põe-se a me avisar.

Desde o mais remoto
E saudoso idílio,
De tenra criança,
Que me dava auxilio,
Naquela esperança,
Que os anos passassem
Pra surtir o efeito.

De olhar-me,
Sorrindo feliz
Com meu belo porte,
Um jovem vaidoso
Vigoroso e forte,
Afinal de contas,
Ser um homem feito.

Pra que, em ti, me visse
No grau e nos trinques
Com tudo no eixo
Novo e vigoroso
De barbas no queixo
Com voz firme e grave
E pelos no peito.

E tudo,
De bom que pensava
Logo aconteceu.
Aquele menino
Depressa cresceu
Pra viver seus sonhos
E seus devaneios.

Logo percebeu
No fluir da vida
Do que era capaz
Seguindo o caminho
Qual todo rapaz
Alegre e vaidoso
Sem ter aperreios.

Casou-se,
E com muita coragem
Partiu para a luta
Na lida diária a dura labuta
Enfrentou com garra
Viu luzir os brilhos
Ao lado
Da mulher guerreira,
A sua consorte,
Com quem noite e dia
Lutou firme e forte
Dando o maior “duro”
Pra criar os filhos.

E hoje,
Já está chegando,
Ao final das trilhas
Olhando no rosto
Só ver as carquilhas
Os cabelos brancos
E muitas verrugas.

O tempo,
Sem ter piedade
Cortou os seus planos
Vai noite e vem dia
No acúmulo dos anos
A gente envelhece
Sem chance pra fugas

Agora,
Ao ver o perfil
Em ti, oh! Espelho
Eu nada mais vejo
Daquele fedelho
Nem do rapazola
Fogoso de outrora.

A força já foi reduzida,
Sem ter vaidade,
Vejo do crepúsculo
A opacidade
E não mais o brilho
Do luzir d’aurora.

Carlos Aires
Proseando na sombra do juazeiro
Jornal Besta Fubana

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