Esse blog tem como objetivo difundir a Música Popular Brasileira em geral, seja ela qual for: a música do Sul, a musica do Cariri, a Pajeuzeira ou mesmo outros ritmos de regiões diferenciadas. Nasci no Sertão do Pajeú, lugar onde a poesia jorra com muita facilidade e que os Poetas do Repente cospem versos com uma precisão incrível. Sempre tive esta curiosidade de fazer postagens e construir um blog. Aliás, criar um blog é simples e rápido, mas, o difícil mesmo é mantê-lo vivo e pulsante. Uma tarefa difícil e tem que ser feita com muita dedicação e precisão, sei que às vezes agradamos a uns e desagradamos a outros; também pudera, não somos perfeitos e isso acontece em todas as áreas e campos de trabalho. E para que o blog aconteça, tenho que desafiar o meu tempo e fazer propagar até aqueles que acessam e fazem aquisições de temas no gênero da música, da poesia e outros segmentos da cultura brasileira. Não tenho a experiência de um Blogueiro profissional, mas, como se diz: “Experiência só se conquista com tempo, perseverança e dedicação”. É isso aí, espero que curtam esse espaço que faço com exclusividade para vocês.
Obs.: Do lado direito do seu monitor adicionei uma rádio (Cantigas e Cantos) com a finalidade de que você leia e ao mesmo tempo ouça uma seleção musical exclusivamente feita por mim. Também inserí fotos Antigas da Capital da Poesia (S. José do Egito), fotos retiradas do Baú do Jornalista Marcos Cirano.
Texto: Gilberto Lopes
Criador do Blog.
quarta-feira, 18 de março de 2015
CINEMA: Meus dois amores adapta obra de Guimarães Rosa
Filme tem Caio Blat e Maria Flor como protagonistas
Maria Flor e Caio Blat em cena de Meus dois amores
Mario Franco/Divulgação
Talvez o mais culto escritor brasileiro – dado a invenções linguísticas de dar inveja ao irlandês James Joyce –, João Guimarães Rosa recriou em seus livros um universo essencialmente popular e interiorano, rico em fábulas, histórias trágicas e personagens surpreendentes. Foi ao descobrir o conto Corpo fechado, presente no livro Sagarana – do qual faz parte também A hora e vez de Augusto Matraga, já adaptado duas vezes para o cinema –, publicado em 1946, que o diretor Luiz Henrique Rios descobriu o lado cômico do escritor mineiro.
O resultado dessa empreitada está impresso no longa-metragem Meus dois amores, que estreia nesta quinta-feira (19/03), no Recife, Rio, São Paulo, Belo Horizonte e Brasília. Situado no interior de Minas Gerais, o filme conta a história de Manuel, um vaqueiro fanfarrão, que vive dividido entre o amor por Beija-Fulô, uma mula, e a noiva Das Dô. Os dois personagens são interpretados por Caio Blat e Maria Flor, que pela quarta vez atuam juntos (antes, fizeram O bem-amado, Histórias de amor duram apenas 90 minutos e Xingu).
Meus dois amores é o primeiro longa-metragem de Luiz Henrique Rios, que há 25 anos dirige telenovelas e minisséries na TV Globo. Apesar da experiência, ele confessa um certo receio com o sentido que a palavra comédia adquiriu no cinema brasileiro. “Lá no passado, tínhamos duas grandes estruturas dramatúrgicas: as tragédias e as comédias. Eu vi que esse conto carregava o inusitado de uma comédia interessante. Meu objetivo era fazer um filme que mostrasse um Guimarães Rosa universal – para quem gosta de literatura e de cinema, com uma história saída do nosso âmago cultural”, explica o cineasta.
Produzido ao custo de R$ 5,2 milhões, o longa teve cenas externas filmadas em Carrancas, um pequeno município mineiro, perto de São João Del Rey, e numa cidade cenográfica construída no Rio. A ideia do diretor era criar “um lugar do interior”, como aqueles das histórias de Macunaíma, Pedro Malasartes, Jeca Tatu, Xicó e João Grilo. “Estamos vivendo um momento complexo da cultura brasileira e, de alguma maneira, queria mostrar esse Brasil profundo com um filme honesto e sem apelação”, acentua.
Para Caio Blat, que acabou de sair de um personagem trágico na novelaImpério, Meus dois amores é um respiro. “É um filme muito leve e gostei de trabalhar com a prosódia mineira. Pela primeira vez pude levar meus filhos para ver um filme em que atuo. Eles adoraram”, diz o ator, que também está envolvido no lançamento de outro longa, o drama romântico Ponte aérea, que estreia na próxima semana.
Além de Caio Blat e Maria Flor, o filme ainda traz no elenco Lima Duarte, Alexandre Borges, Ana Lúcia Torres, Vera Holtz e Julio Adrião, entre outros. Curiosamente, há um pequeno núcleo pernambucano, com a participação de Aramis Trindade, Fabiana Karla, a diretora de elenco Cibele Santa Cruz e o músico Lenine, que canta Fé cega, faca amolada, a música-tema do filme.
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