“A maioria dos nossos clientes são jovens, fãs de música e que já não se contentam apenas com essa relação virtual oferecida pela internet. Eles querem pular de cabeça dentro dos discos. Os colecionadores já possuem todos os grandes clássicos. Uma parcela bem considerável do mercado é composta por um público novo que está começando a montar a coleção”, afirma Rodrigo de Andrade, um dos criadores do Selo 180, que tem o vinil como principal produto.
Investindo pesado no rock e em suas vertentes, eles lançaram discos de bandas como Cachorro Grande, Gross, General Bonimores, O Terno e Mustache e Os Apaches. Os bolachões são prensados no Leste Europeu, na maior fábrica de discos do mundo — a GZ Media.
Mais que lançar LPs como algo paralelo aos convencionais CDs, músicos e bandas oferecem produtos com ares de item para colecionador, com recursos que podem ir de um belo encarte a faixas-bônus — sem esquecer da superioridade na qualidade do áudio. “Com aparelhagem de qualidade, você extrai um som do vinil muito superior ao de um Blu-Ray, por exemplo. Para nós, esse é o maior atrativo: a música com uma qualidade inigualável”, completa Rodrigo.
Nos Estados Unidos, as vendas de discos de vinil aumentaram 49% em relação a 2013, de acordo com o Wall Street Journal. Os principais responsáveis por esse expressivo crescimento são, respectivamente, o músico Jack White (que vendeu 75.700 cópias do elogiado Lazaretto), a banda britânica Arctic Monkeys (com 40.600 cópias, do disco AM) e a dupla The Black Keys , com a marca de 28.300 cópias vendidas do álbum Turn blue.
Confira Jack White com Lazaretto:
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