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Esse blog tem como objetivo difundir a Música Popular Brasileira em geral, seja ela qual for: a música do Sul, a musica do Cariri, a Pajeuzeira ou mesmo outros ritmos de regiões diferenciadas. Nasci no Sertão do Pajeú, lugar onde a poesia jorra com muita facilidade e que os Poetas do Repente cospem versos com uma precisão incrível. Sempre tive esta curiosidade de fazer postagens e construir um blog. Aliás, criar um blog é simples e rápido, mas, o difícil mesmo é mantê-lo vivo e pulsante. Uma tarefa difícil e tem que ser feita com muita dedicação e precisão, sei que às vezes agradamos a uns e desagradamos a outros; também pudera, não somos perfeitos e isso acontece em todas as áreas e campos de trabalho. E para que o blog aconteça, tenho que desafiar o meu tempo e fazer propagar até aqueles que acessam e fazem aquisições de temas no gênero da música, da poesia e outros segmentos da cultura brasileira. Não tenho a experiência de um Blogueiro profissional, mas, como se diz: “Experiência só se conquista com tempo, perseverança e dedicação”. É isso aí, espero que curtam esse espaço que faço com exclusividade para vocês.


Obs.: Do lado direito do seu monitor adicionei uma rádio (Cantigas e Cantos) com a finalidade de que você leia e ao mesmo tempo ouça uma seleção musical exclusivamente feita por mim. Também inserí fotos Antigas da Capital da Poesia (S. José do Egito), fotos retiradas do Baú do Jornalista Marcos Cirano.


Texto: Gilberto Lopes

Criador do Blog.

sexta-feira, 26 de dezembro de 2014

São José do Egito: Centenário > "Lourival Batista em verso e prosa" mais um texto de Ésio Rafael

Foto de Thomaz Farkas

LOURIVAL BATISTA

Vamos dar continuidade, ao "pré-centenário" do poeta Lourival Batista, aqui na telinha. Pois bem, José Filomeno Júnior, o - Zeca Filó, de - mundo Novo, nasceu em fevereiro 1926 e faleceu em 51. O poeta morreu com apenas, 25 anos de vida, atropelado por um carro, no Rio de Janeiro. E mais, ele teria começado sua vida de cantador, aos 21 anos, vindo a falecer 4 anos depois. Todavia, ainda tem mais detalhes: Zeca Filó, foi um homem completo, na sua individualidade, afável, generoso, amável, querido, educadíssimo. Precisa mais? Sim, porque temos mais detalhes ainda, olhe aí, Manoel Filó, um dos herdeiros mais fiéis, do José Filomeno Júnior, na elegância, na bondade e principalmente, na admiração dos amigos. Quer dizer, nós ainda estamos falando sobre - Zeca Filó, hoje, agora, nos últimos suspiros de 2014. Então, a idade cronológica, pouco importa, para uma situação poética, logicamente, imaterial. O seu desaparecimento precoce, provocou uma reação dentre os seus familiares, amigos e poetas, que ainda hoje ecoa. Luís Bernardo e o seu irmão Cícero, faziam dupla, quando abordaram o fato. Luís terminou uma sextilha nos seguintes termos: "Ele aqui não volta mais". Foi aí que Cícero respondeu:

- OS SINOS DAS CATEDRAIS
PLANGENTES NOTAS DOBRARAM
QUANDO ESSA RUDE NOTÍCIA
OS RÁDIOS ANUNCIARAM
TODAS AS MUSAS SENTIRAM
TODOS OS VATES CHORARAM.

Para Lourival, o golpe foi mais surpreendentemente, traiçoeiro, por tratar-se de um amigo, parente, poeta e "irmão de arte", como assim se expressava Louro, em referência aos colegas:

- COMO REI LONGE DO TRONO
QUE NADA MAIS LHE CONSOLA
NEM MESMO A SUA VIOLA
ACOMPANHOU O SEU DONO
TENHO EU PERDIDO O SONO
POR RECORDÁ-LO TÃO FORTE
LONGE DE PENSAR NA MORTE
ROBUSTO COMO SAUL
MORRE O POETA NO SUL
CHORAM AS VIOLAS DO NORTE.

Nos anos 70, no centro da cidade de Sertânia, no - Bar da Carestia, se apresentavam Lourival Batista e Jó Patriota, como parte da inter relação entre duas cidades poéticas e irmãs. O grande, saudoso e querido poeta da cidade de Sertânia, Valdemar Cordeiro, deu o mote: A MULHER QUANDO NÃO AMA/ É ROSA QUE ESPINHA OS DEDOS. Gravamos as duas estrofes finais da sextilha, do Louro, ambas, definidoras:

- E A MULHER TEM SEGREDOS
QUE SÓ REVELA NA CAMA
" A MULHER QUANDO NÃO AMA
É ROSA QUE ESPINHA OS DEDOS". 

OBS: O fato de o - Lourival ter geograficamente situado nós, daqui como do norte e o Rio de Janeiro, como do sul, é porque, à época, era assim considerado.

Ésio Rafael
Ésio Rafael

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