O ÚLTIMO DIA...A PRIMEIRA NOITE!!!
Na manhã do , tão estudado, dia 28 de julho de 1938, na grota do
riacho Angico, nas terras sergipanas, são assassinados Lampião, Maria Bonita,
mais nove cangaceiros e um soldado volante, Adrião Pedro de Souza. Doze seres
humanos perderam suas vidas, e, nem a morte daquele que morreu defendendo a
Ordem e a Lei tem sua morte totalmente esclarecida. Todos nós queremos saber
como foi o acontecido, mas, até hoje, a verdade não chegou aos cidadãos
sertanejos, nordestinos, brasileiros, mundiais. São teorias e teorias
publicadas, sem no entanto, ter-se um denominador comum sobre os fatos
ocorridos. Creio que muitos, como eu, gostaria de saber como encontravam-se as
'barracas'. A distribuição das tendas, se agrupadas, quantas em cada
grupo...com isso poderíamos ter uma ideia da localização das pessoas. Eram, na
ocasião, mais de trinta pessoas acoitadas. Com certeza estavam mais abaixo do
local onde se encontrava a tenda do 'Rei Vesgo', ou acima, de ambos os lados
que estivessem, seriam alvos fáceis, pois, segundo relatos, a distribuição dos
volantes foram em três frentes distintas... aí vem uma pergunta que não quer
calar... por que só a tenda onde encontrava-se o chefe e as em sua volta foram
alvos? Com o poderio bélico que contavam, os soldados volantes, nas posições em
que encontravam-se, com certeza era para terem feito mais vítimas. E, aonde
estavam o restante dos acoitados? Esta informação não veio, nem vem a tona, por
nos dar condições de uma boa avaliação... que não consta em relatórios escritos
e/ou fotográficos. Se consta, estão guardados a sete chaves. Em se tratando de
imagens, só temos as imagens, ou a imagem, da tenda de Lampião, mesmo assim, de
um ângulo que não permitem-nos uma boa exploração visual. Quem capturou a
fotografia, não preocupou-se em 'abrir' a imagem. Acima, vemos uma imagem do
local do massacre diferente. O autor desta obra prima, foi lá, na grota do dito
riacho, em uma hora em que não se ouvia o cantar dos pássaros diurnos da
caatinga, pelo contrário, apenas o grilar dos grilos ou o grito estridente,
quase em forma de assovio, de uma 'mãe-da-lua'. Como que ainda chorando o
sangue derramado...
Foto de Márcio Vasconcelos
Detalhe: "(...)Cada vela existente na foto representa um cangaceiro
morto(...)". Fonte blog Mendes & Mendes Postado por José Mendes
Pereira, as 7:41, segunda -feira, 7 de julho de 2014 ( Fonte: facebook
Página: Voltaseca Volta Lampião, Cangaço e Nordeste)
Por Sálvio Siqueira
Fonte: Sávio Siqueira – O Cangaço
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