Poesia: Uma homenagem ao meu Avô Dodô Marchante, por Simone Passos

Que o senhor nos abençoe sempre, vovô! Fique com Deus!

Vejo hoje ficar acinzentado 
Um futuro sem sua voz fraterna
Olho a rua onde achava ser eterna
A infância que tive ao seu lado
Olho, sim, a ternura do passado
O retrato guardado na lembrança
A imagem que eu tenho da criança
Que sabia entender felicidade
Nessa rua eu encontro só saudade
Onde havia somente uma esperança...

A saudade, vovô, que se acentua
No momento em que lembro seu semblante.
A risada espontânea, cativante,
Inda hoje, na mente, perpetua...
Que a lembrança mais triste diminua:
Da cadeira vazia no terraço!
Que saudade de todo o alvoraço
Quando, à mesa, o senhor nos redimia,
Nossa vida também é mais vazia,
Sem sorrisos, vovô, sem seu abraço.

Simone Passos

Na hora do último adeus ao seu pai, Fernando Leite disse:

Por quase noventa anos
carregaste a tua cruz
Com a força e a coragem
Do teu espírito de luz!
Mas agora segue em paz,
Como todo santo faz
Vai morar junto a Jesus.

Fernando Leite. 19 de abril de 2014

Seu Dodô (mais pai do que sogro):

Otimismo, caridade,
Retidão e muito amor,
Resignação na dor,
Doação, fraternidade,
Prudência, serenidade,
Coragem, desprendimento,
Honradez, muita ternura,
Angelical, alma pura
Brilhando no firmamento!!!!!

Cármem Beatriz (Mizita)

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