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Esse blog tem como objetivo difundir a Música Popular Brasileira em geral, seja ela qual for: a música do Sul, a musica do Cariri, a Pajeuzeira ou mesmo outros ritmos de regiões diferenciadas. Nasci no Sertão do Pajeú, lugar onde a poesia jorra com muita facilidade e que os Poetas do Repente cospem versos com uma precisão incrível. Sempre tive esta curiosidade de fazer postagens e construir um blog. Aliás, criar um blog é simples e rápido, mas, o difícil mesmo é mantê-lo vivo e pulsante. Uma tarefa difícil e tem que ser feita com muita dedicação e precisão, sei que às vezes agradamos a uns e desagradamos a outros; também pudera, não somos perfeitos e isso acontece em todas as áreas e campos de trabalho. E para que o blog aconteça, tenho que desafiar o meu tempo e fazer propagar até aqueles que acessam e fazem aquisições de temas no gênero da música, da poesia e outros segmentos da cultura brasileira. Não tenho a experiência de um Blogueiro profissional, mas, como se diz: “Experiência só se conquista com tempo, perseverança e dedicação”. É isso aí, espero que curtam esse espaço que faço com exclusividade para vocês.


Obs.: Do lado direito do seu monitor adicionei uma rádio (Cantigas e Cantos) com a finalidade de que você leia e ao mesmo tempo ouça uma seleção musical exclusivamente feita por mim. Também inserí fotos Antigas da Capital da Poesia (S. José do Egito), fotos retiradas do Baú do Jornalista Marcos Cirano.


Texto: Gilberto Lopes

Criador do Blog.

quarta-feira, 23 de abril de 2014

Música: Entrevista » Antes de show no Recife, Arthur Moreira fala sobre instrumental e mercado

Concertos ocorrem na quinta e na sexta-feira, às 20h, e no sábado, às 17h
Repertório das apresentações de Arthur vai de composição de Choppin a trabalho de Luiz Gonzaga. Foto: Antônio Cunha/Esp. CB/D.A Press
Repertório das apresentações de Arthur vai de composição de Choppin a trabalho de Luiz Gonzaga. Foto: Antônio Cunha/Esp. CB/D.A Press
O clássico e o popular se misturam nos concertos do maestro, arranjador e pianista Arthur Moreira Lima, 73. A linha tênue entre essas duas vertentes será atravessada diversas vezes nas apresentações do músico na Caixa Cultural, desta quinta (24) até o sábado (26). O repertório, que será executado em cerca de uma hora, vai contar com composições de Bach, Beethoven, Chopin, Pixinguinha, Luiz Gonzaga, entre outros.

Confira a Arthur Moreira Lima executando Carinhoso, de Pixinguinha:




O pianista, nascido no Rio de Janeiro, reside atualmente em Florianópolis e preserva uma forte ligação com a capital pernambucana. "Eu sou suspeito ao falar do Recife, porque meu pai era pernambucano. Eu tenho laços, família e muitos amigos por aí", conta.  

Na carreira, cuja a primeira apresentação foi aos 8 anos, o músico já dividiu palcos com grandes orquestras e regentes. A projeção internacional ocorreu após o Concurso Chopin de Varsóvia (1965). 

Desde 2003, ele tem rodado o país com seu caminhão-teatro, exibindo-se em lugares onde concertos de piano são raros. "Tocamos em todos os estados. (O evento) junta 5 mil, 6 mil,  7 mil pessoas para ouvir música instrumental em uma praça", diz Arthur. O projeto já proporcionou mais de 450 apresentações pelo interior do Brasil.

Foto: Arthur Moreira Lima/Divulgação
Entrevista >> Arthur Moreira Lima

Como ocorre a escolha do repertório dos concertos?
Eu escolho músicas clássicas que de tão conhecidas já se tornaram populares. E músicas populares que de tão reconhecidas, já se tornaram clássicos. O que é o clássico? O clássico é aquilo que é adotado pelo público, considerado, e fica no repertório eterno. É uma coisa que realmente não está na moda. Isso nunca está na moda. Isso existe. Isso é clássico.

A música instrumental é inacessível ao grande público?
O sentido de música instrumental é acessível ou não ao público...Ela existe e tem um público próprio. Mesmo quem não está acostumado a ouvir, quando escuta, gosta. O negócio é que as rádios, em geral, ditam para vender. É todo um sistema de divulgação de música onde o que menos importa é a cultura. Importa se vai vender ou não. Em geral, quanto pior mais vende (risos). Eu vejo esse filme passar desde que era pequeno. A gente vê que nada é feito pela cultura. Tudo é feito pelo comércio.

E qual seria esse público próprio?
A música instrumental é uma coisa muito mais sofisticada. Por isso mesmo tem um tipo de público específico. É para espaços menores. Tem que ser apreciada de outra maneira. Não é para o pessoal ficar dançando, nem cantando junto. É uma coisa mais recolhida, mais elaborada. É outra proposta. Mas é claro que existe muito interesse por música instrumental, em um segmento mais culto da população. Agora, quando você dá ao povo, às pessoas menos sofisticadas, ou do interior, a oportunidade de ouvir música instrumental, eles gostam. E gostam muito.

Como é levar suas apresentações para um público que não tem muito conhecimento do estilo? 
Eu tenho um caminhão que roda o Brasil e estamos chegando a 11 anos viajando o país inteiro. Tocamos em todos os estados. Juntam-se 5 mil, 6 mil, 7 mil pessoas para ouvir música instrumental em uma praça. Além de ter um público próprio, quando é tocada (música instrumental) para pessoas que não estão acostumadas, elas gostam muito. Porque a música instrumental, sobre tudo esse programa, tem muita qualidade. É uma coisa universal, que toco em todos os lugares do mundo. 

Serviço:
Concerto Arthur Moreira Lima
Quando: Quinta (24) e sexta-feira (25), às 20h, e sábado (26), às 17h.
Onde: Caixa Cultural Recife (Avenida Alfredo Lisboa, 505, Bairro do Recife)
Entrada: R$ 20 e R$ 10 (meia)
Informações: (81) 3425-1900 / 3425-1915.

Pedro da Hora - Diario de Pernambuco

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