
Rio São Francisco / Fotografado do alto do Serrote do Urubu.
A força-motriz de um trajeto
Sentado à margem do rio e dos dogmas
Acredita no que molda no papel
Com palavras de nuvens
Envolve-se com coisas que não parecem ter serventia
Tenta entender pássaros, peixes e insetos
O que move o espírito das águas
E o sopro dos ventos
Sereno, na aparência
Revolve, irrequieto, nas memórias
Imagens desconexas; turvas – em profuso chafurdo
Acredita poder fazer que creiam nas luzes que inventa
Tenta seduzir os encantos que vislumbra
E decifrar os escuros internos
Advindos de longes
Guardados na alma
Em marcas postas pelo tempo
Transpostas ao couro da cara e aos gestos
O que lhe desenha os trajetos; e o que lhe desorienta
Reinventa-se a todo instante e se põe em outro rumo
Na lâmina d’água dos rios desenha seus projetos
Quais sonhos tracejados com indefiníveis linhas
Como enigmas que nunca se decifram
Ou estigmas que não se desconstroem
Que o fazem tentar entender o espírito das coisas
Desqualificar a dureza do concreto
Exaltar a leveza de asas e pétalas
E absorver delas, a força-motriz que o impulsiona
Virgílio Siqueira

VAGA-LUMEAR - Página 406
Dimensões: 29,75 Cm X 21 Cm
Volume: 544 Páginas
Primeira edição - 100 UNIDADES
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