HISTÓRIAS
NARRAM O PAJEÚ A PARTIR DE SEUS POETAS
A poesia e a história do rio Pajeú contadas por quem melhor
entende do assunto: os poetas. Este é o mote do livro “O rio que não passa” que
será lançado no Gabinete Português de Leitura, dia 23, a partir das 19h. Com
fotos de Tuca Siqueira e textos de Inácio França, Cida Pedrosa e Alexandre
Ramos, a obra é uma compilação de 26 histórias coletadas em 2010/2011 com
poetas reconhecidos e anônimos, jovens e consagrados.
É muita gente com história para contar e o rio permeia a
poesia e a vida dos poetas. Passagens que não constam na história oficial, mas
que revelam muito mais que a própria história. Foram tais poetas que a equipe
de “O rio que não passa” buscou.
Com o objetivo de resgatar e documentar histórias da relação
entre o rio Pajeú, a poesia e a vida dos poetas, a equipe conversou com dezenas
de pessoas até chegar as 26 histórias que compõem o livro. São relatos que, nas
suas entrelinhas, contam detalhes sobre os municípios, a economia e a história
local, a convivência com o semiárido, relações de trabalho, festas populares,
entre outros aspectos. Para coletar os relatos que foram publicados em “O rio
que não passa”, a equipe de produção passou pelos municípios de Brejinho,
Itapetim, São José do Egito, Tabira, Tuparetama, Carnaíba, Flores, Serra Talhada,
Afogados da Ingazeira e Floresta. Todos os municípios cortados pelo rio.
“Talvez seja um caso bem singular onde a
população se identifica a partir do vale de um rio, revelando a força do
território, da poesia e da relação entre ambos e ainda destacam para os que
chegam: Bebendo da água daqui, serás contaminado pela poesia”; afirma Alexandre
Ramos, coordenador do projeto na apresentação da obra.
O trabalho de pesquisa para a construção do
livro começou ainda em 2010 com a pesquisa e identificação dos poetas. “Isso
nos deu um grande número de entrevistas e a possibilidade de selecionar as
melhores e mais interessantes histórias”, confessou Inácio França, autor. Nos
depoimentos publicados, foram mantidos os cacoetes e gírias. Expressões muito
usadas por pessoas mais humildes ou de cidades mais distantes, às vezes muito
incomuns no nosso cotidiano, mas que revelam uma riqueza cultural sem fim.
“Preferimos manter essas palavras e até a forma como elas foram colocadas
durante as conversas porque elas preparam o ouvinte para o que vai vir. Elas
ajudam a criar um Elas ajudam a criar um clima”, diz Inácio.
As fotos de Tuca Siqueira dão vida aos
personagens que vamos conhecendo ao longo do livro. Os Josés e Joões, Anitas e
Marluces vão ganhando forma e cor, além de uma identidade única na sua relação
com o rio Pajeú. “Em muitos casos, eu preferi ir depois que era realizada a
entrevista para não me prender a essa questão do fotojornalismo. Eu queria
fazer fotos que falassem mais que uma única situação ou um único momento”,
revela a fotografa.
“O rio que não passa” foi aprovado no edital do
Funcultura 2009 e tem o apoio da Secretaria Estadual de Cultura e Fundarpe.
Durante o lançamento, os poetas participantes narrarão trechos do livro.
Serviço:
Lançamento do livro “O rio que não passa”
Local - Gabinete Português de Leitura, Rua do
Imperador Pedro II, 290, Santo Antônio, Recife/PE
Data - 23 de janeiro de 2014
Horário - 19h.
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