
Quando não lhe bastava o lume do sol, que o abrasava
Entregava à luz do sertão o teor do seu nome
E acendia a chapada em seu canto
Definido e afiado era o gume das cantigas que entoava
E o que decantava, a exatidão: festa ou fome
(A fibra sertaneja era o seu manto)
Rei-senhor da história; senhor do tempo do seu mundo
Do sertão o que fora; o que é; o que seria; o que será
Do breu à rara luz; do mais elementar ao mais fecundo
Plena luminescência humana que ao tempo vencerá
Ícone-vaqueiro, símbolo encantado de onde é oriundo
É excelsa a expressão de ave que ecoa em teu cantar
E em teu silêncio que não se cala, e fala-nos profundo
Estou vivo e em cada voz que voa, meu canto ecoará
Virgílio Siqueira

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