
É lindo o meu recife encompridando
A noite dia a dentro quando chove...
O sol, que não levanta, espreguiçando
Dá descanso a seus raios e promove
Feriado de luz, acinzentando
O azul do poeta. Me comove
Essa água que cai enlameando
A poesia com as terras que remove...
É quando o desmantelo, outrora anil
Se veste de um nublado em demasia
E o viver, plumbeando, se enconcreta
Mas, resistindo, a Pena em dor servil
Acolhe a escuridão na poesia
E tinge em cinza o céu de ser poeta

Nenhum comentário:
Postar um comentário