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Esse blog tem como objetivo difundir a Música Popular Brasileira em geral, seja ela qual for: a música do Sul, a musica do Cariri, a Pajeuzeira ou mesmo outros ritmos de regiões diferenciadas. Nasci no Sertão do Pajeú, lugar onde a poesia jorra com muita facilidade e que os Poetas do Repente cospem versos com uma precisão incrível. Sempre tive esta curiosidade de fazer postagens e construir um blog. Aliás, criar um blog é simples e rápido, mas, o difícil mesmo é mantê-lo vivo e pulsante. Uma tarefa difícil e tem que ser feita com muita dedicação e precisão, sei que às vezes agradamos a uns e desagradamos a outros; também pudera, não somos perfeitos e isso acontece em todas as áreas e campos de trabalho. E para que o blog aconteça, tenho que desafiar o meu tempo e fazer propagar até aqueles que acessam e fazem aquisições de temas no gênero da música, da poesia e outros segmentos da cultura brasileira. Não tenho a experiência de um Blogueiro profissional, mas, como se diz: “Experiência só se conquista com tempo, perseverança e dedicação”. É isso aí, espero que curtam esse espaço que faço com exclusividade para vocês.


Obs.: Do lado direito do seu monitor adicionei uma rádio (Cantigas e Cantos) com a finalidade de que você leia e ao mesmo tempo ouça uma seleção musical exclusivamente feita por mim. Também inserí fotos Antigas da Capital da Poesia (S. José do Egito), fotos retiradas do Baú do Jornalista Marcos Cirano.


Texto: Gilberto Lopes

Criador do Blog.

sábado, 14 de dezembro de 2013

Poesia: "Momentos matutinos", um poema de João Batista de Siqueira (Cancão)


Momentos matutinos

Nas noites caliginosas 
As estrelas luminosas 
Pelas grimpas montanhosas 
Derramam luz soberana 
As florzinhas da paisagem 
Dormem por entre a ramagem 
Talvez sonhando a imagem 
Dos sorrisos de Diana

Os pirilampos pequenos 
Vindos de outros terrenos 
Pousam, sutis e serenos 
Pelos estrumes da terra 
Os perfumados vapores 
Passam roçando os verdores 
Levando os leves rumores 
Das águas brandas da serra

A Lua, alta e feliz 
Linda mãe dos bugaris 
Derrama raios sutis 
Por toda extensão da selva 
Dos lírios desabrochados 
Brancos e imaculados, 
Os seus perfumes sagrados 
A brisa bafeja e leva

Dentro da floresta densa 
A vegetação imensa 
Parece ficar suspensa 
Nesse ditoso momento 
As carnaúbas rendadas 
Criadas lá nas chapadas 
Abrem as frondes copadas 
Para a passagem do vento

A brisa sopra dolente 
Por entre a flora virente 
O céu de cor transparente 
Azul, sem uma só mancha 
Branca neve matutina 
Envolve a vasta campina 
Toalha de gaze fina 
Que o dia rasga e desmancha

As corujas traiçoeiras 
Com suas asas maneiras 
Passam nos ares, ligeiras 
Para o grotilhão enorme 
Foge o tenebroso véu 
Na aroeira, o xexéu 
Olhando as cores do céu 
Desperta a mata que dorme

Para as bandas do levante 
Lindo clarão rutilante 
Vem-se alargando, brilhante 
Cheio de glória e encanto 
A neve se desenrola 
E o beija-flor, por esmola 
Em cada fresca corola 
Deposita um beijo santo

Dos floridos vegetais 
Os orvalhos matinais 
Como gotas de cristais 
Se desprendem tremulantes 
Um traço de fina luz 
Aquece os verdes bambus 
Dos altos cumes azuis 
Das cordilheiras distantes

A borboleta amarela 
Passa juntinho à janela 
Vai pousar, serena e bela 
Num lindo caramanchão 
O sabiá, lá da mata 
No ingazeiro desata 
A nota suave e grata 
De sonorosa canção

Cantam na serra os pastores 
Os tempos de seus amores 
Sentindo os brandos calores 
Dos raios do sol nascente 
E a Natureza selvagem 
Estende a sua ramagem 
Como rendendo homenagem 
A um Deus onipotente. 

Fonte: Poema retirado do livro Palavra ao plenilúnio de Lindoaldo Jr.

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