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Esse blog tem como objetivo difundir a Música Popular Brasileira em geral, seja ela qual for: a música do Sul, a musica do Cariri, a Pajeuzeira ou mesmo outros ritmos de regiões diferenciadas. Nasci no Sertão do Pajeú, lugar onde a poesia jorra com muita facilidade e que os Poetas do Repente cospem versos com uma precisão incrível. Sempre tive esta curiosidade de fazer postagens e construir um blog. Aliás, criar um blog é simples e rápido, mas, o difícil mesmo é mantê-lo vivo e pulsante. Uma tarefa difícil e tem que ser feita com muita dedicação e precisão, sei que às vezes agradamos a uns e desagradamos a outros; também pudera, não somos perfeitos e isso acontece em todas as áreas e campos de trabalho. E para que o blog aconteça, tenho que desafiar o meu tempo e fazer propagar até aqueles que acessam e fazem aquisições de temas no gênero da música, da poesia e outros segmentos da cultura brasileira. Não tenho a experiência de um Blogueiro profissional, mas, como se diz: “Experiência só se conquista com tempo, perseverança e dedicação”. É isso aí, espero que curtam esse espaço que faço com exclusividade para vocês.


Obs.: Do lado direito do seu monitor adicionei uma rádio (Cantigas e Cantos) com a finalidade de que você leia e ao mesmo tempo ouça uma seleção musical exclusivamente feita por mim. Também inserí fotos Antigas da Capital da Poesia (S. José do Egito), fotos retiradas do Baú do Jornalista Marcos Cirano.


Texto: Gilberto Lopes

Criador do Blog.

quinta-feira, 7 de novembro de 2013

EFEMÉRIDE: O centenário de Albert Camus, o escritor e filósofo do absurdo

O autor franco-argelino trabalhou a sua produção sempre do ponto de vista das questões importantes do homem, mas com um ponto de vista ética
Camus morreu tragicamente em 1960, em um acidente de carro / Cartier Bresson/Reprodução

“Particularmente, não poderia viver sem a minha arte. Mas nunca coloquei ela acima de tudo. Se, por outro lado, ela me é necessária, é porque ela não pode ser separada dos meus companheiros e me permite viver, tal como sou, no nível de todos”. A frase do escritor francês Albert Camus (1913-1960) ao receber o Nobel da Literatura, em 1957, é uma boa síntese da sua atuação em vários fronts, da ficção ao teatro, do jornalismo à filosofia: para ele, o posicionamento ético era tão fundamental quanto a arte e a política, justamente porque se confundia com a própria vida.
Nesta quinta (7/11), o mundo todo comemora o centenário do autor franco-argelino, um dos principais nomes do século 20. Largamente prestigiado em vida, o escritor que afirmava ser o suicídio a grande questão do seu tempo teve uma trajetória produtiva e curta, interrompida por um acidente de automóvel – Camus faria o percurso de trem e trocou de ideia em cima da hora. A obra mais conhecida, entre clássicos como A peste e A queda, é o romance O estrangeiro, de 1942, da chocante frase inicial que transborda uma indiferença angustiante: “Hoje morreu a minha mãe. Ou talvez ontem, não sei bem”.
O livro faz parte do seu “ciclo do absurdo”, iniciado com o ensaio O mito de Sísifo e concluído com a peça Calígula. Como aponta o professor de Letras da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) Lucilo Varejão Neto, essa noção em Camus dialoga com sua ideia de um mundo silencioso, impassível diante das nossas angústias e questões. “O absurdo é a filosofia que procura mostrar o desencontro entre o homem e o mundo”, aponta o autor de De Mersault a Meursault: visões do absurdo.
O filósofo e professor francês radicado em Pernambuco Oussama Naouar, também da UFPE, destaca que Camus é um dos casos de “um escritor celebremente desconhecido”. “Ele acaba sendo um autor que todos conhecem, mas que ninguém volta a ler. Existem mais comentários do que de fato pessoas retornando ao texto”, opina o pesquisador, convidado pela Aliança Francesa para uma conversa informal sobre Camus no próximo dia 29. “O que o move é a crença e a certeza de que a literatura nos diz algo, que aponta coisas que outras disciplinas não podem fazer”.
Para o crítico e ensaísta Lourival Holanda, é importante ressaltar tanto o trabalho de linguagem de Camus – tema do seu livro Sob o signo do silêncio, que analisa a concisão da linguagem de francês e de Graciliano Ramos – como sua preocupação com a dimensão ética na literatura e na filosofia. “A preocupação ética é uma constante. Mas, ao mesmo tempo, uma feroz necessidade de guardar independência de julgamento. Sempre foi contra os extremismos – ‘as almas fracas e odientas’ segundo ele. Sartre pontifica a partir de supostas certezas; Camus é um homem inquieto, que avança sondando, buscando – nisso está mais contemporâneo, mais perto de nós”, comenta o professor da UFPE. O diferencial, então, seria a preocupação do posicionamento do homem diante das questões práticas e também atemporais do homem. “A originalidade de Camus não é filosófica: é ética; desespero e grandeza”, define Lour

Jornal do Commercio

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