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Esse blog tem como objetivo difundir a Música Popular Brasileira em geral, seja ela qual for: a música do Sul, a musica do Cariri, a Pajeuzeira ou mesmo outros ritmos de regiões diferenciadas. Nasci no Sertão do Pajeú, lugar onde a poesia jorra com muita facilidade e que os Poetas do Repente cospem versos com uma precisão incrível. Sempre tive esta curiosidade de fazer postagens e construir um blog. Aliás, criar um blog é simples e rápido, mas, o difícil mesmo é mantê-lo vivo e pulsante. Uma tarefa difícil e tem que ser feita com muita dedicação e precisão, sei que às vezes agradamos a uns e desagradamos a outros; também pudera, não somos perfeitos e isso acontece em todas as áreas e campos de trabalho. E para que o blog aconteça, tenho que desafiar o meu tempo e fazer propagar até aqueles que acessam e fazem aquisições de temas no gênero da música, da poesia e outros segmentos da cultura brasileira. Não tenho a experiência de um Blogueiro profissional, mas, como se diz: “Experiência só se conquista com tempo, perseverança e dedicação”. É isso aí, espero que curtam esse espaço que faço com exclusividade para vocês.


Obs.: Do lado direito do seu monitor adicionei uma rádio (Cantigas e Cantos) com a finalidade de que você leia e ao mesmo tempo ouça uma seleção musical exclusivamente feita por mim. Também inserí fotos Antigas da Capital da Poesia (S. José do Egito), fotos retiradas do Baú do Jornalista Marcos Cirano.


Texto: Gilberto Lopes

Criador do Blog.

terça-feira, 23 de julho de 2013

Televisão »Vilões têm lugar garantido na história da teledramaturgia brasileira

 Anti-heróis do passado servem como referência para personagens da atualidade. Relembre os antagonistas mais marcantes
Odete Toitman, da novela  Vale Tudo  (1988), ainda serve como modelo para os anti-heróis atuais (TV Globo/Divulgação)

 Na Idade Média, “vilão” era uma pessoa que não pertencia à nobreza e morava em vilas. Como os camponeses não tinham confiança nos “vilões”, o termo foi recebendo, ao longo do tempo, um sentido pejorativo. Quando se fala da evolução da teledramaturgia brasileira, é quase obrigação falar sobre a vilania na telinha. O mal tem vasto destaque na história das novelas do país. Os vilões abastecem de adrenalina as tramas. Geralmente, são responsáveis por ganchos que atraem a fidelidade do telespectador. Em algumas produções, a essência dos antagonistas dos mocinhos é mais complexa. A construção de anti-heróis varia de acordo com o estilo do autor e costuma acumular referências de produções passadas.

Alguns acontecimentos retomam a vida real e fatos sociais, históricos e políticos da época. “De modo geral, o vilão das novelas brasileiras é construído com base na sociedade. Além disso, todos esses vilões são síntese e reiteração de outros de novelas passadas. Se pegar Carminha (Avenida Brasil) ou Félix (Amor à vida), por exemplo, sempre vão ter elementos de uma Odete Roitman (Vale tudo). Isso é proposital. Mais fácil para o público identificar e se tornar familiar”, analisa o pesquisador José Claudino Bernardino, autor de tese de doutorado sobre os vilões nas obras de três escritores: Sílvio de Abreu, Aguinaldo Silva e Gilberto Braga.

Relembre cena de Odete Roitman em Vale tudo 





De acordo com a pesquisa, o primeiro retrata mais a vilania no cotidiano de São Paulo, como emPassione. Já as características do anti-herói na obra de Aguinaldo são associadas à sede por ascender socialmente. O exemplo foi Senhora do destino. Nas tramas de Gilberto Braga, glamour e luxo fazem parte dos personagens, como em Celebridade. “Vilões conquistam mais sucesso quando dialogam com a sociedade. Não é o caso de Félix, que está distante da realidade e mais dentro do plano da ficção. É um personagem caricato. Inverossímel. Neste caso, a aceitação do personagem por parte da audiência se deve ao ator (Mateus Solano)”, destaca Claudino.

Na pesquisa As telenovelas brasileiras: heróis e mocinhos, da professora Maria Lourdes Motter, da Escola de Comunicação e Artes da USP, a razão mais recorrente da maldade na TV é a vingança. Numa extensa lista, ocupam novelas como Os Inocentes (TV Tupi, 1974), Fera radical (1988), Tieta (Globo, 1989) e Fera ferida (1993).

Carminha, Nazaré e Flora na lista das melhores vilãs (TV Globo/Divulgação)

Curiosidades

Leôncio Almeida
(Rúbens de Falco), em Escrava Isaura (1976), de Gilberto Braga:
Sinhozinho Leôncio herdou os bens da família e era apaixonado por Isaura. Não admitia o fato de não ser correspondido. Como “vingança”, tornou a vida dela um inferno, com castigos e privação da carta de alforria.

Odete Roitman
(Beatriz Segall), de Vale tudo (1988), de Aguinaldo Silva, Gilberto Braga e Leonor Bassères.
É uma das vilãs mais importantes da teledramaturgia e uma das favoritas de críticos e pesquisadores de televisão. Personagem que odeia o Brasil e possui relação de conflito com a filha Helena (Renata Sorrah). Ela foi assassinada na reta final da trama e a pergunta “Quem matou Odete Roitman?” se espalhou pelo país.

Perpétua
(Joana Fomm), de Tieta (1989), de Aguinaldo Silva, Ana Maria Moretzsohn e Ricardo Linhares.
A atuação da intérprete cativou o público. A traiçoeira protagonizou muitas cenas de humor ao longo dos capítulos. Um dos mistérios da trama era o que ela guardava numa caixa branca dentro do armário: o órgão genital do falecido marido.

Nazaré Tedesco
(Renata Sorrah), Senhora do destino (2004), de Aguinaldo Silva.
Ex-prostituta, largou a vida ao se envolver com Luís Carlos Tedesco (Tarcísio Filho) e sequestrar a filha de Maria do Carmo (Suzana Vieira). Com a morte do marido, passa a ser sustentada pela “filha” e se finge de doente. A maldade também aparecia na convivência com Cláudia, filha de Luís, que não a suportava.

Flora
(Patrícia Pillar), de A Favorita (2008), João Emanuel Carneiro.
A trama inovou por não mostrar a vilania logo de cara. A personagem começou como uma mulher doce. Só revelou-se após três meses de trama no ar. O telespectador não sabia se torcia para Donatela (Claudia Raia) ou Flora. A heroína Nina (de Avenida Brasil) foi inspirada na personagem.

Carminha
(Adriana Esteves), de Avenida Brasil (2012), de João Emanuel Carneiro.
Entrou para a história da teledramaturgia. Era uma mulher ambiciosa e fria, que não poupou sentimento de ninguém para atingir o interesse. Traía o marido Tufão (Murilo Benício) com o amante Max (Marcelo Novaes) e abandou a enteada Rita/Nina (Débora Falabella) no lixão.

Diário de Pernambuco

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