Colocar a agulha da vitrola nas ranhuras do
vinil enquanto aprecia o encarte do disco (quase um quadro, com seus 31 x 31
centímetros). Quem consumiu música desta maneira jamais se sentirá confortável
com downloads insensíveis dos MP3 sem cor, textura ou palavras escritas. Por
contraste, aquele objeto de plástico delicado, normalmente feito de PVC, era
carregado de sensações, experiências sinestésicas.
Mas o reinado dos long plays durou pouco. Se na
década de 1980 correspondiam a 59,5% do mercado (diviam espaço com fitas
cassete e outros formatos), nos anos 2000 a fatia de participação dos LPs
encolheu para 0,2%. As relações entre esses dinossauros da música com artes
literárias e visuais são fruto de análise no livro A leitura dos discos
(Editora Universitária UFPE, 119 páginas), do pesquisador Marcos D’Morais, que
é lançado neste domingo (21), às 16h, na Livraria Cultura do Paço Alfândega.
The freewheelin’ Bob Dylan - Bob Dylan (1963)
London calling - The Clash (1979)
The dark side of the moon - Pink Floyd (1973)
Sgt. Pepper’s lonely heart club band - The Beatles (1967)
Fellipe Torres - Diario de Pernambuco
Nenhum comentário:
Postar um comentário