É formada em letras, pós-graduada em língua,
linguística e literatura, professora de língua portuguesa da Rede Estadual,
leciona e é coordenadora de apóio na Escola Édson Simões, foi Secretária
Municipal de Assistência Social, cursou liturgia
em Canindé-CE. Tem duas filhas: Mayara Karen do Prado e Petrúcia Fabiane do
Prado. É esposa de Danilo Sidaury, bacharel em direito e executivo do grupo Neo-energia.
Teve suas primeiras inspirações poéticas, ainda
na adolescência, mas veio mesmo a florescer na maturidade, quando atingiu o
processo de amadurecimento intelectual, considera como sua maior virtude o amor
que sente pelas pessoas, pela família e, principalmente, pelos irmãos: Maria
Madalena, Kalina Lígia, Laura do Prado, Willan do Prado e Raul Wagner.
Por Fabiana Prado
Fabiana minha neta
É em português formada
Em São José do Egito
É poetisa afamada
No fim da ramagem velha
Tem uma flor perfumada
(Zé Catota)
Conversando com avô Zé Catota e o mesmo declamou uma estrofe de Zé Soares,
afirmando ser difícil de outras pessoas conseguirem pagar tal estrofe por conta
do trocadilho.
Ela não diz o que fiz
Eu não digo o que ela fez
Nós fizemos de uma vez
Eu não digo, ela não diz
Ela até hoje não quis
Dá ao povo a perceber
Eu também não vou dizer
O que se passou comigo
Ela não diz, eu não digo
Quem é que pode saber?
(Zé Soares)
(Zé Soares)
Mesmo sabendo que era difícil de chegar perto
das poesias de tal poeta, tentou alegrar o avô com essa estrofe no mesmo
sentido.
Não conte nada a ninguém
Fique comigo calado
Escute tudo ao meu lado
Que juro te querer bem
Eu faço o mesmo também
Eu garanto não dizer
Envolva-me no prazer
Que faço o mesmo contigo
Você não diz e eu não digo
Quem é que pode saber?
Mote:
Comparei
o teu rosto com um poema
Pra mais
nunca sentir tanta saudade.
A distância aumenta o meu desejo
E contigo jamais eu ficarei
Mesmo sem quebrar o que jurei
Quanto mais fecho os olhos mais te vejo
E ao ouvir-te, eu sempre te cortejo
Como sendo sublime divindade
Mas preciso fugir isso é verdade
Na certeza fatal do nosso esquema
Comparei
o teu rosto com um poema
Pra mais
nunca sentir tanta saudade.
Contemplar-te na vida, não me cansa
Se tentar, jamais posso te esquecer
Porque vejo o amor em mim crescer
Por mais que o outro tente não te alcança
Devolveste minha grande esperança
Que um dia me roubaram com maldade
Mas em ti encontrei felicidade
Que pois fim no conflito do dilema
Comparei
o teu rosto com um poema
Pra mais
nunca sentir tanta saudade.
Inspirada em uma poesia de Donzílio Luiz, Fez
essas duas estrofes:
Tu não sabes o tempo que te espero
Não entendes o tanto que te amo
Muitas vezes sonhando ainda te chamo
É por isso que eu sempre te venero
Com finezas de amor considero
És a causa das minhas desventuras
Não me lembro de outras criaturas
Não me envias bilhetes telegramas
E tu que
dizes que tanto me amas
Tens o
remédio, porém não me curas
Tu és minha razão mais predileta
Nunca
pude esquecer-te um só segundo
És a única pessoa neste mundo
Que me torna feliz e mais completa
Como os sonhos
brilhantes de um poeta
Nos seus versos vividos de aventuras
Pois nos beijos das bocas que procuras
Minha boca difere de outras damas
E tu que
dizes que tanto me amas
Tens o
remédio, porém não me curas
No mote do José Adalberto
Como é bom se contar com professor
No momento em que posso precisar
Eu procuro e não sei como explicar
Como é grande a pessoa e o seu valor
Foi você que ensinou-me com amor
Sem você nada disso eu saberia
É meu
mestre vovô e eterno guia
Meu velhinho, meu anjo, meu catôta
Quem me
dera ser dona de uma gota
Do
perfume de sua poesia.
Cantigas e Cantos

É com imenso prazer que deixo registrado meu comentário pra essa postagem dedicada a poetisa Fabiana Prado. Além da oportunidade de conhecer alguns dos seu belos poemas aqui transcritos, tenho a imensa satisfação de saber que se trata da neta do grande poeta Zé Catota, o qual tive a honra de conhecer nos tempos em que fui colega de colégio da sua tia, minha inesquecível amiga Walternizem Barbosa. Conheci também seu pai, Vandelson (in memoriam) e sua tia Vandelsa. Aprendi a gostar dessa família que me acolhia com tanta alegria quando os visitava à procura de Wazinha. O beijo carinhoso para todos, parabéns pelo talento e pelos belos poemas. Sucesso, poetisa!
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