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Esse blog tem como objetivo difundir a Música Popular Brasileira em geral, seja ela qual for: a música do Sul, a musica do Cariri, a Pajeuzeira ou mesmo outros ritmos de regiões diferenciadas. Nasci no Sertão do Pajeú, lugar onde a poesia jorra com muita facilidade e que os Poetas do Repente cospem versos com uma precisão incrível. Sempre tive esta curiosidade de fazer postagens e construir um blog. Aliás, criar um blog é simples e rápido, mas, o difícil mesmo é mantê-lo vivo e pulsante. Uma tarefa difícil e tem que ser feita com muita dedicação e precisão, sei que às vezes agradamos a uns e desagradamos a outros; também pudera, não somos perfeitos e isso acontece em todas as áreas e campos de trabalho. E para que o blog aconteça, tenho que desafiar o meu tempo e fazer propagar até aqueles que acessam e fazem aquisições de temas no gênero da música, da poesia e outros segmentos da cultura brasileira. Não tenho a experiência de um Blogueiro profissional, mas, como se diz: “Experiência só se conquista com tempo, perseverança e dedicação”. É isso aí, espero que curtam esse espaço que faço com exclusividade para vocês.


Obs.: Do lado direito do seu monitor adicionei uma rádio (Cantigas e Cantos) com a finalidade de que você leia e ao mesmo tempo ouça uma seleção musical exclusivamente feita por mim. Também inserí fotos Antigas da Capital da Poesia (S. José do Egito), fotos retiradas do Baú do Jornalista Marcos Cirano.


Texto: Gilberto Lopes

Criador do Blog.

quinta-feira, 6 de junho de 2013

LUTO: César Leal, um mentor a serviço da poesia

Dono de uma obra conscientemente complexa, autor era reconhecido pela capacidade de análise / Alexandre Belém/JC Imagem

Poucos nomes da cena literária pernambucana alcançaram a dimensão do poeta, professor e crítico César Leal, que faleceu ontem pela manhã, aos 89 anos, em decorrência de falência múltipla dos órgãos, depois de uma longa luta contra o câncer. O cearense nascido em uma fazenda na cidade Saboeira e radicado no Recife foi fundamental não só por sua poesia, mergulhada na tradição e na modernidade, e nem apenas pelo vigor dos seus ensaios. Tão grande quanto essas marcas era o seu papel de mentor e incentivador de mais de mais de uma geração de poetas e escritores do Estado.
Antes de chegar ao Recife, na década de 1950, o jovem que saiu do interior rodou uma boa parte do Brasil: de Manaus ao Rio de Janeiro e Minas Gerais, iniciando nessas viagens a sua formação literária. Logo que aportou aqui, conheceu Mauro Mota e enviou para o poeta, então editor do Suplemento Literário do Diario de Pernambuco, quatro versos seus para que um fosse escolhido. Mota publicou todos e o convidou para trabalhar com ele.

César assumiria o posto do colega em 1960. Usaria as páginas do suplemento e o prestígio como professor de Letras da Universidade Federal de Pernambuco – foi um dos fundadores da pós-graduação de Teoria da Literatura – para publicar quase todos os autores da Geração 65, como Alberto da Cunha Melo, Jaci Bezerra, Ângelo Monteiro, Domingos Alexandre, Marcus Accioly, Lucila Nogueira, Marco Polo Guimarães e Raimundo Carrero.
César Leal: um nome inscrito na literatura. O Recife perde o intelectual sensível, torna-se mais pobre na capacidade de criar e analisar com maestria obras de autores diversos. (...) Dele podemos asseverar: um humanista completo
Fátima Quinta, escritora e presidente da APL
Tanto no jornal como na revista Estudos Universitários, que lançava pequenos volumes de vários autores, atuou dessa forma. A crítica literária Dulcinea Santos, autora de Entre a vigília e o sono: o processo criador em César Leal, destaca que o autor foi “um gênio, poeta maior e crítico aguçado”. No livro, ela analisa o poema O sonâmbulo, além de reunir poemas em homenagem ao cearense, de nomes como Ariano Suassuna e Marcus Accioly.
A produção em versos de César, ele afirmava, era algo obscura. “Minha poesia é realmente difícil. Não escrevo para ‘los muchos’, digo em um de meus poemas. Escrevo para poucos e continuarei assim. A poesia é uma arte muito séria e costumo tratar o poético com seriedade”, afirmou certa vez. Como crítico, sabia reconhecer a poética moderna, mas pesquisava a fundo a obra de Dante, sua principal referência, e Camões.

Durante a vida, César ganhou diversas honrarias literárias. Fazia parte da Academia Pernambucana de Letras, na cadeira de número 23, e foi agraciado em 2006 com o Prêmio Machado de Assis, da Academia Brasileira de Letras, pelo conjunto da obra. Além disso, suas obras foram traduzidas para diversos idiomas.

JC Online

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