sábado, 4 de maio de 2013

SHOW: Elba Ramalho lança disco novo com dois shows, no Dona Lindu

A cantora há anos não fazia show em teatro no Recife


“Faço muito show no Recife, mas sempre é festa, carnaval, São João, as pessoas vivem sugerindo que eu faça apresentações em teatro, uma coisa que não faço há muito tempo na cidade. Por isto este show que venho fazendo desde o começo do ano”, comenta Elba Ramalho, que se apresenta hoje (às 21h), e amanhã (às 19h), no Teatro Luiz Mendonça, no Parque Dona Lindu, com o show Vambora lá dançar (com selo Sala de Som Records), título do 31º disco, contando a partir de Ave de prata, de 1979. O título do álbum foi pinçado da letra de Frevo meio envergonhado, de Monique Kessous (da nova geração da música carioca). O último show que Elba Ramalho fez no Recife, em local fechado foi em 2011, no Manhattan, uma apresentação intimista, com o violonista Marcos Arcanjo e o Cezinha na sanfona.

Monique Kessous, entrou no repertório da segunda fase do disco, que foi gravado entre 2010 e 2011, com produção de Cezzinha: “Gravamos músicas para mais de um disco. Cezar tem um talento para fazer um forró moderno, inovador. Mas o disco não foi lançado, veio o DVD, no Marco Zero, e achei que que precisava de uma atualizada, e fiz umas músicas com Zé América produzindo”, conta Elba. Assim o disco ficou com duas faces, algumas faixas tem a mão de Cezinha, ou Cézar, como ela chama, outra a de Zé Américo.

O repertório também ficou dividido, entre compositores de nome nacional, e outros, a maioria da atual geração do forró, nordestino em geral, e pernambucanos, em particular, que ela começou a gravar em seu último disco de estúdio, Balaio de amor, de 2009: “É um pessoal que faz o novo forró do Nordeste, uma música com temática mais urbana. Estas músicas estão sendo bem recebidas nos shows que faço no Sudeste. AS músicas de Accioly Netto, que não chegaram lá na época, agora estão sendo cantadas em coro pela plateia. Outros como Petrúcio Amorim, Rogério Rangel também começa ma ser conhecidos. Nando Cordel, nem precisa falar, porque canto suas músicas há anos”, diz Elba.


Ela trouxe pro repertório autores como Vander Lee, onde Deus possa me ouvir (que ela vinha fazendo em shows como o do Manhattan). Esta música, por sinal, é uma as duas que resgatada do pouco lembrado álbum Bossa tropical, que Gal Costa lançou em 2002. A outra é Quando eu fecho os olhos, de Chico César e Carlos Rennó, uma canção inspirada, oportunamente ser resgatada. Do fundo do baú das memórias afetivas Elba fisgou Mucuripe, dos cearenses Belchior e Fagner. Mas o bom deste novo disco da cantora paraibana são os forrós, grande parte xotes modernos, com letras que falam de amor, de maneira sensual, montados em melodias engenhosas, e que convidam à dança. É assim com Forró brasileiro, de Cezinha e Fábio Simões, que seria o nome do disco se houvesse sido lançado dois anos atrás. 

Elba Ramalho canta apenas parte de Vambora lá dançar, nos shows de hoje, e amanhã: “Vai ter músicas das várias fases de minha carreira, desde Não sonho mais, de Chico (Buarque), que gravei no primeiro álbum, Chão de giz, Aconchego, dou uma repassada no no meu repertório”, diz a cantora que canta acompanhada por Marcos Arcanjo (violão e guitarra), Mestrinho (sanfona), Ney Conceição (baixo), Anjo Caldas (percussão), Tostão Queiroga (bateria) e Durval (zabumba e percussão)

Show Vambora dançar lá, Com Elba Ramalho e banda, hoje (21h) e amanhã (19h), no Teatro Luiz Mendonça, no Parque Dona Lindu, em Boa Viagem ingressos: R4100 e R$50. Outras informações: 3082-2909 e 3355-9821

José Teles

JC

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