Pedimos
ao nosso repórter e baterista da Querosene Jacaré para narrar a volta da banda
e de outras à labuta
Advertência:
este texto foi escrito na primeira pessoa! Loucura dos editores, violação do
dogma da imparcialidade jornalística? Enfim… O caso é que o repórter é também
baterista da Querosene Jacaré, banda pernambucana que volta após mais de dez
anos parada para celebrar os 15 anos de Você não sabe da
missa um terço, nosso primeiro disco, produzido pelo amigo Zé da
Flauta. E não estamos só: uma turma da nossa geração está de volta. Eu não
havia cogitado a ideia de escrever em causa própria. Mas, já que lançaram o
desafio, pensei: “Pra quem fez a cobertura do Abril pro Rock interpretando
extraterrestre, não é assim tão dramático!”
O primeiro show da comemoração será nesta sexta-feira, no Festival Nação Cultural, em Caruaru, interior de Pernambuco. Eu, Ortinho (vocal), Alfaia (baixo), Cinval (percussão) Hélio Loyo e Tonca (guitarras) vamos focar o repertório em 12 das 13 músicas de Você não sabe… - a instrumental Coice da jumentaficou de fora. Incluímos a nunca gravada Segura a onda e Tô doidão - parte do CD Reiginaldo Rossi - um tributo (1999). Pensamos em incluir uma ou duas do nosso segundo disco, Fique peixe (2001), mas ainda não foi dessa vez.
O primeiro show da comemoração será nesta sexta-feira, no Festival Nação Cultural, em Caruaru, interior de Pernambuco. Eu, Ortinho (vocal), Alfaia (baixo), Cinval (percussão) Hélio Loyo e Tonca (guitarras) vamos focar o repertório em 12 das 13 músicas de Você não sabe… - a instrumental Coice da jumentaficou de fora. Incluímos a nunca gravada Segura a onda e Tô doidão - parte do CD Reiginaldo Rossi - um tributo (1999). Pensamos em incluir uma ou duas do nosso segundo disco, Fique peixe (2001), mas ainda não foi dessa vez.
Como
diz Ortinho, “voltamos para nos divertir!”. Há outros shows em vista, talvez
até fora de Pernambuco. Mas não estão em pauta a composição e a gravação de
novas músicas. Os ensaios têm sido produtivos e divertidos. Nem parece que não
tocamos juntos há tanto tempo (isso é clichê, mas é verdade!). E, ao contrário
do que se pode pensar, o clima não é de nostalgia, mas de redescobrimento e
reentendimento das criações. Algo como: “Tocávamos tal música nesse andamento,
não seria melhor alterarmos?” Ou: “O QJ é considerado rock, mas é interessante
notar como o funk está presente no nosso som. Nem tinha me dado conta!” Essa
observação é minha mesmo. Bom, é isso. É amanhã, em Caruaru. Até lá!
Serviço
Festival Nação Cultural
Atrações: Rogéria, Querosene Jacaré, Lira e Karina Buhr
Quando: Sexta-feira, às 21h
Onde: Estação Ferroviária (Caruaru)
O QUE ELES ANDARAM FAZENDO
Ortinho | O cantor e compositor tem três discos solo: Ilha do destino (2002), Somos (2006) e Herói trancado (2010). O próximo disco, intitulado Fóssil, deve sair até o fim do ano. Dengue, baixista da Nação Zumbi, e Yuri Queiroga estão auxiliando na pré-produção do disco.
Cinval | O inquieto rapaz já gravou em seu apartamento nada menos que 26 discos solo. O mais recente se chama Primitivo digital, lançado no final do ano passado. O CD foi gravado em parceria com o flautista Ciano, do Quinteto Violado.
Hélio Loyo | O guitarrista, filho do compositor de frevos de bloco Getúlio Cavalcanti, acorda cedo quase todos os dias para surfar. Chegou a tocar na banda de Junio Barreto e na de Ortinho.
AD Luna | Em São Paulo, manteve a Monjolo com o colega Alfaia. Em junho, grava novo EP do Malakov, grupo com influências de MPB, rock e soul (ouça aqui: https://soundcloud.com/malakov-ep). Está em dúvida se toca ou não na Lady Murphy, pois faz um tempo que não ensaiam, digamos, direitinho.
Alfaia | Está finalizando juntamente com o parceiro Eudes Ciriano, o DJ Incidental, o primeiro EP do Projeto Superlage. O som é uma mistura de cumbia eletrônica com reggae, sambas e ritmos pernambucanos. Link para ouvir: soundcloud.com/superlage.
Tonca | Depois da parada do Querosene, o guitarrista chegou a tocar na banda de Silvério Pessoa e se apresentar com seu trabalho solo, com fortes inclinações para o samba, jazz e rock. Chegou até a gravar um disco, mas ainda não o lançou.
ELES TAMBÉM ESTÃO VOLTANDO
Câmbio Negro HC
O grupo hardcore comandado pelo baterista Nino foi criado em 1983, fez o primeiro show no ano seguinte e gravou dois LPs: O espelho dos deuses (1990) e Terror nas ruas (1992). Parada durante oito anos, a banda voltou a ensaiar há dois. Além de Nino, fazem parte da atual formação Pedrito (guitarra), Jairo (baixo) e Wilfred (vocal), que também faz parte do Cruor.
Matalanamão
A banda punk-erótica do Alto José do Pinho sempre protagonizou shows enérgicos e divertidíssimos. O quarteto se separou por tempo indeterminado, em 2009. A banda gravou um novo CD, Nasceu tem que criar, no ano passado com 12 músicas autorais. Também são conhecidos pela militância contra o preconceito a pessoas portadores do vírus da Aids.
Jorge Cabeleira
Após dez anos parada, a banda Jorge Cabeleira e o Dia em que Todos Seremos Inúteis que une rock, psicodelia e elementos nordestinos ao seu som fez o primeiro show do retorno no Festival Rec-Beat deste ano. As imagens e o som captados na apresentação deverão entrar em DVD, que terá fotos antigas e depoimentos a respeito do grupo.
Realidade Encoberta
Entre meados dos anos 1980 e início da década seguinte, o Recife presenciava a formação de uma rica cena de heavy metal, punk e hardcore. Entre os destaques, a Realidade Encoberta, com o som que une hardcore e thrash (subgênero do metal). Em 2013, os rapazes voltaram a ser apresentar e estão até com disco na área.
Bonsucesso Samba Clube
Reggae, ska, afrobeat, música latina e ritmos do Norte e do Nordeste do Brasil formam a teia sonora da banda olindense. No início deste ano, a Bonsucesso já voltou tocando em uma festa, realizada na terra natal. O vocalista Rogerman garante que o retorno é pra valer, com direito a novas composições e promessas de muitos shows.
Serviço
Festival Nação Cultural
Atrações: Rogéria, Querosene Jacaré, Lira e Karina Buhr
Quando: Sexta-feira, às 21h
Onde: Estação Ferroviária (Caruaru)
O QUE ELES ANDARAM FAZENDO
Ortinho | O cantor e compositor tem três discos solo: Ilha do destino (2002), Somos (2006) e Herói trancado (2010). O próximo disco, intitulado Fóssil, deve sair até o fim do ano. Dengue, baixista da Nação Zumbi, e Yuri Queiroga estão auxiliando na pré-produção do disco.
Cinval | O inquieto rapaz já gravou em seu apartamento nada menos que 26 discos solo. O mais recente se chama Primitivo digital, lançado no final do ano passado. O CD foi gravado em parceria com o flautista Ciano, do Quinteto Violado.
Hélio Loyo | O guitarrista, filho do compositor de frevos de bloco Getúlio Cavalcanti, acorda cedo quase todos os dias para surfar. Chegou a tocar na banda de Junio Barreto e na de Ortinho.
AD Luna | Em São Paulo, manteve a Monjolo com o colega Alfaia. Em junho, grava novo EP do Malakov, grupo com influências de MPB, rock e soul (ouça aqui: https://soundcloud.com/malakov-ep). Está em dúvida se toca ou não na Lady Murphy, pois faz um tempo que não ensaiam, digamos, direitinho.
Alfaia | Está finalizando juntamente com o parceiro Eudes Ciriano, o DJ Incidental, o primeiro EP do Projeto Superlage. O som é uma mistura de cumbia eletrônica com reggae, sambas e ritmos pernambucanos. Link para ouvir: soundcloud.com/superlage.
Tonca | Depois da parada do Querosene, o guitarrista chegou a tocar na banda de Silvério Pessoa e se apresentar com seu trabalho solo, com fortes inclinações para o samba, jazz e rock. Chegou até a gravar um disco, mas ainda não o lançou.
ELES TAMBÉM ESTÃO VOLTANDO
Câmbio Negro HC
O grupo hardcore comandado pelo baterista Nino foi criado em 1983, fez o primeiro show no ano seguinte e gravou dois LPs: O espelho dos deuses (1990) e Terror nas ruas (1992). Parada durante oito anos, a banda voltou a ensaiar há dois. Além de Nino, fazem parte da atual formação Pedrito (guitarra), Jairo (baixo) e Wilfred (vocal), que também faz parte do Cruor.
Matalanamão
A banda punk-erótica do Alto José do Pinho sempre protagonizou shows enérgicos e divertidíssimos. O quarteto se separou por tempo indeterminado, em 2009. A banda gravou um novo CD, Nasceu tem que criar, no ano passado com 12 músicas autorais. Também são conhecidos pela militância contra o preconceito a pessoas portadores do vírus da Aids.
Jorge Cabeleira
Após dez anos parada, a banda Jorge Cabeleira e o Dia em que Todos Seremos Inúteis que une rock, psicodelia e elementos nordestinos ao seu som fez o primeiro show do retorno no Festival Rec-Beat deste ano. As imagens e o som captados na apresentação deverão entrar em DVD, que terá fotos antigas e depoimentos a respeito do grupo.
Realidade Encoberta
Entre meados dos anos 1980 e início da década seguinte, o Recife presenciava a formação de uma rica cena de heavy metal, punk e hardcore. Entre os destaques, a Realidade Encoberta, com o som que une hardcore e thrash (subgênero do metal). Em 2013, os rapazes voltaram a ser apresentar e estão até com disco na área.
Bonsucesso Samba Clube
Reggae, ska, afrobeat, música latina e ritmos do Norte e do Nordeste do Brasil formam a teia sonora da banda olindense. No início deste ano, a Bonsucesso já voltou tocando em uma festa, realizada na terra natal. O vocalista Rogerman garante que o retorno é pra valer, com direito a novas composições e promessas de muitos shows.
AD Luna - Diarios Associados
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