Vital Farias é uma espécie
de bruxo da caatinga; um encantador de palavras, sons e sentimentos; um fiel
cantador das coisas simples do sertão nordestino; um inquieto poeta diante
desse mundo globalizante e capitalista, que coisifica os homens e engole os sentimentos;
um porta voz do povo do cariri paraibano; um afinado canto de sabiás, concrizes
e rouxinóis das bucólicas paisagens
nordestinas; um verdadeiro bardo da alma sertaneja; um violonista que derrama
cascatas de tons com virtuosidade e naturalidade e um forte umbuzeiro que
resiste as banalidades do modismo cultural que assola esse enorme continente
multicutural chamado Brasil.
Inquieto e contestador, o mestre Vital há muito tempo deu seu grito de independência com relação à indústria fonográfica multinacional, que a cada vez mais fecha os olhos e vira as costas para os que cantam a verdadeira alma do povo brasileiro. Politizado com relação a todos os tipos de opressões capitalistas, o vate do cariri paraibano resolveu trilhar na sua produção de maneira independente, fazendo-se de um Dom Quixote e matando um leão todo dia para que o seu canto ecoe nos patamares mais altos e distantes de um Brasil que se dá ao luxo de hibernar na cama do desconhecimento e da ignorância cultural. Vital fez três discos vinis (gravadoras multinacionais) entre o final da década de 70 pra o começo da de 80, e de lá pra cá resolveu não calar a voz ou a produção musical, mas rejeitar os acordos desonestos das gravadoras.
Inquieto e contestador, o mestre Vital há muito tempo deu seu grito de independência com relação à indústria fonográfica multinacional, que a cada vez mais fecha os olhos e vira as costas para os que cantam a verdadeira alma do povo brasileiro. Politizado com relação a todos os tipos de opressões capitalistas, o vate do cariri paraibano resolveu trilhar na sua produção de maneira independente, fazendo-se de um Dom Quixote e matando um leão todo dia para que o seu canto ecoe nos patamares mais altos e distantes de um Brasil que se dá ao luxo de hibernar na cama do desconhecimento e da ignorância cultural. Vital fez três discos vinis (gravadoras multinacionais) entre o final da década de 70 pra o começo da de 80, e de lá pra cá resolveu não calar a voz ou a produção musical, mas rejeitar os acordos desonestos das gravadoras.
Sempre fiel aos sentimentos de homem do sertão, o cantador Vital Farias mostra a luta do sertanejo pela sobrevivência nos poucos pedaços de terra do imenso latifúndio nordestino. O bardo grita em uníssono um canto com mil tons sobre a tragédia na vida de tantos e tantos “Severinins”, que viram as suas poucas produções agrícolas serem roubada ou destruída por coronéis latifundiários; Vital falou de ecologia, quando não se falava de tal assunto, e mostrou a região amazônica sendo destruída pela ganância dos que vêem na floresta um paraíso de enriquecimento fácil. No seu canto estão os aboios dolentes dos vaqueiros sertanejos, das lavadeiras na beira dos açudes, das rezadeiras em noites de novenas, dos poetas repentistas em desafios e dos cantadores cegos de meio de feira. Suas cantigas não são apenas setes, como forma de embevecer nossas almas e alertar nossos espíritos para o mundo em que vivemos; mas sim, são centenas que vertem da sua alma inquieta através de um imenso canto latino americano sobre o homem e a terra. Dentro do seu peito borbulham cachoeiras de canções inéditas e prontas, só esperando o momento de serem colocadas num bicho estranho chamado CD.
No momento em que o negro se permite ser vulgarizado pela mídia capitalista, o tornando apenas um macaco de auditório pra rebolar diante das mil câmeras sedutoras da tv vulgar, Vital compôs uma ópera belíssima e profunda sobre as condições sociais em que o negro sempre viveu no chamado mundo da civilização branca. A ópera “Epopéia Negra” construída em um canto longo e lamentoso descreve a trajetória do homem negro dentro da sociedade dos que detêm o poder. Ela ainda se encontra na fase de produção, no estúdio “Olívia Mãe”, que Vital com muito sacrifício fez no subsolo da sua casa, no bairro Tambiá, na velha Filipéia paraibana.
Conhecer o canto de Vital vitaliza a nossa alma, alerta nosso espírito e abre nossos olhos para o mundo em que vivemos; torna-nos mais humanos e atentos para a vida e nos faz ser mais brasileiros. Seu canto latino americano não é a revolta de uma alma amargurada, mas sim, de uma alma inquieta e contestadora contra as opressões desumanas e violentas do capitalismo mundial. Por isso Vital é universal, porque canta com fidelidade o homem, e o homem é o mesmo ser em todas as partes do mundo, vivendo as alegrias, sofrendo as tristezas, desafiando as derrotas e saboreando as vitórias, durante a sua trajetória de vida.
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