Esse blog tem como objetivo difundir a Música Popular Brasileira em geral, seja ela qual for: a música do Sul, a musica do Cariri, a Pajeuzeira ou mesmo outros ritmos de regiões diferenciadas. Nasci no Sertão do Pajeú, lugar onde a poesia jorra com muita facilidade e que os Poetas do Repente cospem versos com uma precisão incrível. Sempre tive esta curiosidade de fazer postagens e construir um blog. Aliás, criar um blog é simples e rápido, mas, o difícil mesmo é mantê-lo vivo e pulsante. Uma tarefa difícil e tem que ser feita com muita dedicação e precisão, sei que às vezes agradamos a uns e desagradamos a outros; também pudera, não somos perfeitos e isso acontece em todas as áreas e campos de trabalho. E para que o blog aconteça, tenho que desafiar o meu tempo e fazer propagar até aqueles que acessam e fazem aquisições de temas no gênero da música, da poesia e outros segmentos da cultura brasileira. Não tenho a experiência de um Blogueiro profissional, mas, como se diz: “Experiência só se conquista com tempo, perseverança e dedicação”. É isso aí, espero que curtam esse espaço que faço com exclusividade para vocês.
Obs.: Do lado direito do seu monitor adicionei uma rádio (Cantigas e Cantos) com a finalidade de que você leia e ao mesmo tempo ouça uma seleção musical exclusivamente feita por mim. Também inserí fotos Antigas da Capital da Poesia (S. José do Egito), fotos retiradas do Baú do Jornalista Marcos Cirano.
Texto: Gilberto Lopes
Criador do Blog.
quinta-feira, 9 de maio de 2013
Música: A incrível história do pianista Marcelo Bratke
Ter somente 7% de visão não impediu que o pianista
paulista Marcelo Bratke estudasse na prestigiosa escola de música Julliard, em
Nova York.
Não conseguir ler as partituras não
evitou que Marcelo tivesse uma carreira de solista internacional e ganhasse
prêmios no Brasil e no exterior. Sem conseguir enxergar as notas musicais,
aprendeu a decorar peças inteiras.
Até aqui, a história de vida do pianista
Marcelo Bratke já é impressionante. Mas consegue ficar ainda mais.
Em 2005, aos 44 anos de idade, ele
se submeteu a uma cirurgia de alto risco em Boston, nos Estados Unidos, para
corrigir uma espessa catarata congênita e uma atrofia no nervo ótico que liga a
retina ao cérebro.
No olho esquerdo, o “olho bom”,
tinha 7% de visão. No outro, apenas 2%. “Já havia consultado mais de 50
oftamologistas durante a minha vida toda. Em Boston, encontrei um que me deu
confiança”, lembra Marcelo.
A cirurgia foi marcada. O primeiro
olho a ser operado foi o direito, em que havia menos chances de melhora.
“Quando abri o olho estava com 10% de visão e já achei ótimo”, recorda. “Quando
tirei os curativos do olho esquerdo foi como descobrir o mundo. Tinha um
armário no quarto e era cheio de detalhes que antes eu não conseguia ver, a
maçaneta da porta era tão brilhante!”, diz, ainda maravilhado com as
descobertas.
Foi no quarto do hospital que viu
pela primeira vez com nitidez o rosto da esposa, a artista plástica Mariannita
Luzzati, com quem já era casado há 25 anos. “Eu a achava bonita com 7% de
visão, com 100% a achei ainda mais linda”, conta. “Passei quase uma hora em
frente ao espelho, vendo meu rosto. Quando vi o piano, fiquei impressionado. O
que antes eu via era um borrão branco e algumas manchas pretas”, diz. “Ainda
hoje, quando acordo e abro os olhos, fico impressionado”.
Camerata Brasil
O despertar não ficou só na visão. Bratke decidiu retribuir um pouco da
felicidade que recebeu fundando em 2006 o projeto Camerata Brasil, com jovens
músicos do Espírito Santo. “Quando se pensa em projeto social ligado à música
já se imagina que eles não vão tocar muito bem, que é algo para ‘ajudá-los’
somente. Quis mudar essa ideia e montar um grupo de jovens que são ótimos
músicos”, diz Bratke.
Assim surgiu a Camerata Brasil, que
conta com duas formações, se apresentando com 13 ou com cinco músicos, além de
Bratke ao piano. O grupo, que tem o apoio da escola de música da Universidade
Federal do Espírito Santo, já tocou no Carnegie Hall, uma das principais casas
de concerto do mundo. E também fez trabalhos em presídios do estado de São
Paulo.
Foi em uma penitenciária feminina
que Mariannita Luzzati teve a ideia de fazer um vídeo para manter a atenção da
plateia. O vídeo acabou se juntando ao cenário dos shows da Camerata. “Enquanto
toca a música, são apresentadas imagens que traduzem um pouco do que é tocado”,
explica Bratke.
Recife
Nesta sexta-feira (10), o grupo traz pela primeira vez ao Recife o concerto Tom
Jobim Plural, com a obra do compositor. O programa trazChoro, Estrada Branca, Sabiá, O Grande Amor, Chovendo na Roseira,
Frevo, Amparo, Canção em Modo Menor, Wave, Inútil Paisagem, Luiza, Stone
Flower, Garota de IpanemaeSamba do Avião.
A apresentação começa às 20h, no
teatro Santa Isabel, com entrada gratuita.
Tom Jobim Plural:
Marcelo Bratke – piano e regência
Camerata Brasil – Lucas Anízio de Melo: violino; Lucas Oliveira dos Santos:
violoncelo; Ariel da Silva Alves, flauta; Jean Michel de Freitas: clarinete;
Leonardo H. Miranda de Paula: percussão.
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