domingo, 14 de abril de 2013

Soneto: Cantoria "Aleixo Leite Filho"














Cantoria

Um velho alcoviteiro fumacento,
Uma casa de taipa em chão batido,
O povo vai chegando, e, retraído,
Em banco e em tamborete toma assento.

Dois rapazes preparam o afinamento
Das violas em brando retinido,
Quando, enfim, se combinam no sentido,
Começam elogiando o aposento.

À noite vem crescendo na poesia,
Os troveiros gemendo na porfia,
Aguçam o sentimento dessa gente

Clareia o céu. Decantam a madrugada,
Na dolência, sem par, de uma toada,
Que traz mais vibração para o repente.

Aleixo Leite de Albuquerque Filho










 Por Rogério Ribeiro – Via Facebook

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