Um velho alcoviteiro fumacento,
Uma casa de taipa em chão batido,
O povo vai chegando, e, retraído,
Em banco e em tamborete toma assento.
Dois rapazes preparam o afinamento
Das violas em brando retinido,
Quando, enfim, se combinam no sentido,
Começam elogiando o aposento.
À noite vem crescendo na poesia,
Os troveiros gemendo na porfia,
Aguçam o sentimento dessa gente
Clareia o céu. Decantam a madrugada,
Na dolência, sem par, de uma toada,
Que traz mais vibração para o repente.
Aleixo Leite de Albuquerque Filho
Poesia saudosa, do saudoso poeta.
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